Netanyahu e Biden farão ligação hoje após a morte do chefe do Hamas

Biden também teria criticado o momento do assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh(FILE)

O presidente dos EUA, Joe Biden, teria dito ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para “parar de me intimidar” durante uma tensa conversa telefônica na quinta-feira.

A troca brusca ocorreu depois que Netanyahu informou Joe Biden que Israel estava prosseguindo com negociações sobre um acordo de cessar-fogo com reféns com o Hamas, apesar de meses de negociações infrutíferas. Biden já expressou suspeitas de que Netanyahu estava protelando intencionalmente por razões políticas internas, Canal 12 relatado.

No final da ligação, Biden acrescentou um aviso severo: “Não tome o presidente como garantido”. Joe Biden também teria criticado o momento do assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irã, chamando-o de “inoportuno”.

O Presidente dos EUA alegadamente estava preocupado com o facto de a operação pôr em risco a potencial culminação das negociações de cessar-fogo e de libertação de reféns, o New York Times relatado. Um funcionário não identificado dos EUA indicou que Biden alertou que o assassinato poderia levar a um conflito regional mais amplo que Biden tem feito esforços para evitar.

O gabinete de Netanyahu emitiu um declaração na noite de sábado que dizia que “o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não discute o que foi dito em conversas fechadas com o presidente dos EUA”.

As tensões no Médio Oriente atingiram um ponto de ebulição após os recentes assassinatos do líder do Hezbollah, Faud Shukr, e do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh. O Hezbollah apoiado pelo Irã retaliou lançando dezenas de foguetes contra o norte de Israel no domingo, com alguns rompendo as defesas na região de Beit Hillel.

Um clipe compartilhado no X mostra as baterias do Iron Dome de Israel disparando vários interceptadores Tamir contra foguetes do Hezbollah visando o Estado Judeu.

Oficiais de defesa dos EUA chegaram a Israel, preparando-se para uma potencial retaliação do Irão e dos seus aliados. O Pentágono reforçou a sua presença militar regional em antecipação a uma nova escalada.

Israel não confirmou nem negou o envolvimento nos assassinatos, que suscitaram receios de um ataque coordenado por parte do Irão e do Hezbollah. O primeiro-ministro israelense, Netanyahu, alertou sobre “dias desafiadores pela frente” e prometeu estar “preparado para qualquer cenário”. O presidente dos EUA, Biden, espera que o Irão se retire, apesar das suas ameaças.

Entretanto, a Embaixada da Índia em Beirute aconselhou os cidadãos indianos a não viajarem ou permanecerem no Líbano até novo aviso.



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