Israel prometeu destruir o Hamas em retaliação ao ataque de 7 de outubro (Arquivo)
As Nações Unidas disseram na segunda-feira que nove funcionários da sua agência para os refugiados palestinos (UNRWA) “podem ter estado envolvidos” no ataque de 7 de outubro ao sul de Israel pelo Hamas, que desencadeou a guerra em Gaza, e foram despedidos.
“Temos informações suficientes para tomarmos as medidas que estamos a tomar – ou seja, a demissão destes nove indivíduos”, disse o porta-voz da ONU, Farhan Haq.
Farhan Haq disse que a organização precisará avaliar quaisquer medidas adicionais para “corroborar totalmente”.
Farhan Haq falou depois que o órgão de supervisão da ONU concluiu sua investigação sobre as alegações feitas por Israel no início deste ano de que um total de 19 funcionários da UNRWA podem ter estado envolvidos no ataque.
Isso levou muitos governos, incluindo os principais doadores, os Estados Unidos, a suspenderem abruptamente o financiamento à agência, ameaçando os seus esforços para fornecer ajuda a Gaza. Desde então, vários países retomaram os pagamentos.
Israel prometeu destruir o Hamas em retaliação ao ataque de 7 de outubro, que resultou na morte de 1.197 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelitas.
Operativos do Hamas também capturaram 251 reféns, 111 dos quais ainda estão mantidos em cativeiro em Gaza, incluindo 39 que os militares afirmam estarem mortos.
A campanha de Israel contra o Hamas matou pelo menos 39.550 pessoas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território, que não dá detalhes das mortes de civis e militantes.
A UNRWA, que fornece ajuda essencial aos refugiados palestinos desde 1949, há muito que é criticada por Israel.
No início deste ano, o chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, apelou a Israel para “parar a sua campanha” contra a organização, citando ataques “ultrajantes” aos seus funcionários, instalações e operações.
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