País da UE reforça controlos fronteiriços em meio à violência de gangues

A polícia dinamarquesa está a tentar conter a violência dos gangues, já que os chefes do crime dependem frequentemente de adolescentes suecos para cumprirem as suas ordens.

A Dinamarca está a reforçar a segurança na fronteira com a Suécia depois de uma série de tiroteios envolvendo alegados assassinos de aluguel – vários dos quais eram menores – que chegaram do seu vizinho nórdico.

Em declarações à emissora TV2 na sexta-feira, o ministro da Justiça dinamarquês, Peter Hummelgaard, descreveu a situação como “sério,” acrescentando que as autoridades dinamarquesas estão a aumentar a presença física das autoridades policiais na fronteira, especialmente nos comboios que atravessam o Estreito de Oresund que separa os dois países. A polícia também está usando cada vez mais câmeras de segurança.

O Ministro da Justiça sueco, Gunnar Strommer, descreveu as novas medidas como um passo natural. “É uma novidade que grupos criminosos que operam na Dinamarca recrutem prestadores de serviços na Suécia. Claro, isso é sério e temos um forte interesse comum… em acabar com isso”, ele disse.

Hummelgaard reconheceu que a violência de gangues envolvendo mercenários aumentou nas últimas semanas, descrevendo-a como um “fenômeno nojento”. Ele também observou que uma faceta do problema é que as crianças-soldados suecas contratadas vêm a Copenhaga para realizar tarefas relacionadas com conflitos de gangues. Segundo ele, o “cordas” nestes conflitos são puxados por pessoas do mundo não-ocidental, em países como o Líbano, o Iraque e os Emirados Árabes Unidos. “Não queremos tolerar isso” ele enfatizou.

A Suécia, entretanto, há muito que é atormentada pela violência e por níveis elevados de criminalidade em muitos bairros predominantemente imigrantes.

Na semana passada, a Dinamarca foi abalada por uma série de incidentes violentos. Na quinta-feira, um homem de 43 anos foi morto e uma mulher de 42 anos ficou ferida num tiroteio no noroeste de Copenhaga, com o agressor ainda foragido. Entretanto, a polícia dinamarquesa prendeu dois cidadãos suecos – de 17 e 16 anos – suspeitos de outros dois tiroteios em Copenhaga, e outro jovem de 17 anos suspeito de um tiroteio na cidade de Kolding.

Dois outros jovens de 25 anos também são suspeitos de lançar uma granada num quiosque em Copenhague. Eles foram extraditados para a Suécia na semana passada.

Na sexta-feira, a TV2 publicou uma investigação que deu uma ideia do movimentado mercado de trabalho criminoso. As redes sociais estão repletas de ofertas que prometem grandes somas de dinheiro para assassinatos, vandalismo e outros tipos de violência. Por exemplo, um trabalho com o título “tiro na cabeça” paga cerca de US$ 47.500, enquanto aqueles dispostos a lançar uma granada em um alvo não especificado poderiam ganhar US$ 19.000.

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