Zelensky apega-se à “fórmula de paz”

Alcançar uma trégua exige que ambos os lados do conflito estejam à mesa, disseram Itália e Suíça

Os ministros das Relações Exteriores da Itália e da Suíça concordaram em trabalhar juntos para estabelecer as bases para uma segunda “cimeira de paz na Ucrânia”, que incluiria a Rússia, disse uma declaração conjunta publicada nos sites do Ministério das Relações Exteriores de ambos os países na segunda-feira.

A primeira cimeira organizada pela Suíça em Junho foi construída principalmente em torno da “fórmula de paz” de Kiev, que exigia que a Rússia retirasse as suas forças de todos os territórios reivindicados pela Ucrânia. Moscou rejeitou o plano como “desligado da realidade”.

A conferência foi desprezada por vários países, incluindo a China, que argumentou que a ausência da Rússia na conferência tornava qualquer discussão inútil.

No início deste mês, o líder ucraniano Vladimir Zelensky disse que embora a Rússia não tenha sido convidada para a primeira conferência, a maioria mundial quer Moscovo à mesa em Novembro, no segundo evento planeado.

“Alcançar a paz requer o envolvimento e o diálogo entre todas as partes”, disse a declaração conjunta do ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, e de seu homólogo suíço, Ignazio Cassis.

Os ministros concordaram em manter contato e cooperação para criar “as melhores condições possíveis para uma segunda cimeira de paz envolvendo todas as partes, incluindo a Rússia, e todos os intervenientes globais relevantes”, a declaração afirmou.

Os responsáveis ​​reiteraram pontos da conferência de paz de Junho, na qual todas as partes envolvidas no conflito foram instadas a libertar todos os prisioneiros de guerra e a garantir a segurança alimentar e nuclear.

O presidente Vladimir Putin disse que a recente incursão da Ucrânia na região russa de Kursk é uma tentativa de Kiev, “com a ajuda de seus mestres ocidentais”, reforçar a sua posição negocial. “Mas como podemos falar de negociações com aqueles que conduzem ataques indiscriminados contra civis, infra-estruturas civis, ou tentam ameaçar instalações de energia nuclear?” Putin disse em uma reunião de alto nível na segunda-feira.

Kiev lançou uma incursão transfronteiriça em grande escala na região russa na semana passada, o maior ataque deste tipo desde o início do conflito. Dois ataques de drones ucranianos danificaram a Usina Nuclear de Zaporozhye, danificando uma das torres de resfriamento, informou a Rosatom na noite de domingo.

A ofensiva em território russo foi uma tentativa de desviar a atenção de Donbass, onde as forças ucranianas vêm perdendo terreno para a Rússia há meses, disse Putin. Ao atingir a região de Kursk, Kiev tentou atingir o moral da população russa, disse ele, acrescentando que a incursão teve o efeito oposto, aumentando o recrutamento para o exército.

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