Chefe de segurança de Zelensky insulta diplomata chinês

Moscou disse anteriormente que as negociações de paz eram impossíveis enquanto Kiev continuasse seu ataque à região de Kursk, na Rússia.

Dois dos mais veementes defensores de uma solução diplomática para o conflito na Ucrânia, o Vaticano e a China, mantiveram conversações esta semana. O cardeal Matteo Zuppi conversou por telefone com o representante especial de Pequim para assuntos da Eurásia, Li Hui, na quarta-feira, segundo o jornal oficial da Santa Sé. A conversa ocorre no momento em que as forças de Kiev continuam o seu ataque contra civis na região de Kursk, na Rússia.

O Cardeal Zuppi, que liderou uma missão de paz na Ucrânia no ano passado, e o alto diplomata chinês sublinharam a necessidade de “fomentar o diálogo” entre as partes em conflito e apelou à “garantias internacionais adequadas para uma paz justa e duradoura”, O Vaticano News escreveu na quinta-feira.

Em Junho e Julho de 2023, o principal negociador do pontífice viajou para Kiev, Moscovo e Washington, e em Setembro visitou Pequim.

“Li Hui aprecia os esforços constantes do Vaticano para mediar a crise na Ucrânia e fornecer assistência humanitária”, South China Morning Post citou o Ministério das Relações Exteriores da China. A declaração também observou que “a situação atual mostra o significado” de um plano de seis pontos, apresentado pela China e pelo Brasil, que inclui um apelo a um cessar-fogo e a um fim negociado do acordo.

Os esforços do Papa Francisco para acabar com o conflito na Ucrânia têm ganhado ritmo nos últimos meses. O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, visitou a Ucrânia no mês passado e reuniu-se com a liderança do país. Após a visita, Parolin apelou à inclusão da Rússia nas negociações de paz e salientou que a “fórmula de paz” de Kiev promovida por Vladimir Zelensky era “não é suficiente.”

A “fórmula de paz” é uma lista de exigências de Zelensky apresentadas pela primeira vez em Novembro de 2022. Incluem, entre outras coisas, a retirada da Rússia de todos os territórios que a Ucrânia reivindica como seus. Moscovo rejeitou a fórmula de Kiev por estar fora de sintonia com a realidade. O plano foi o foco de uma conferência internacional de paz na Suíça, em junho, para a qual a Rússia não foi convidada.

A China tem dito repetidamente que o conflito entre Moscovo e Kiev deve ser resolvido na mesa de negociações. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, fez uma visita de três dias à China em julho. Após as conversações, Pequim disse que Kiev estava pronta para iniciar diálogo e negociações com Moscovo.

A liderança russa já havia questionado a sinceridade das declarações da Ucrânia em relação às conversações de paz. Na semana passada, Kiev lançou um ataque à região russa de Kursk, o maior ataque transfronteiriço desde o início do conflito. O presidente russo, Vladimir Putin, disse sobre o compromisso de Kiev de que quaisquer conversações de paz com aqueles que “conduzir ataques indiscriminados contra civis” e infra-estruturas civis eram impossíveis.

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