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O Brasil é reconhecido mundialmente por sua rica diversidade musical e, entre as pérolas do rock cristão, a banda Rosa de Saron se destaca, combinando melodias envolventes com letras que refletem a espiritualidade, a religiosidade e a experiência humana. Com 36 anos de estrada, o grupo já passou por diversas formações, sempre com mensagens de fé e esperança para uma legião de fãs.

Rogério Feltrin e Bruno Faglioni não escondem a alegria pela presença da banda em Portugal. E não economizam nos detalhes ao compartilhar a trajetória e experiências marcantes do grupo, incluindo apresentações memoráveis ​​em eventos significativos, como as Jornadas Mundiais da Juventude, de dois papas: Bento XVI e Francisco. “Tocar para os papas foi uma emoção indescritível. Um grupo de meninos que se reunia na igreja e que, com o passar dos anos, se tornou uma banda de alcance mundial”, lembra Rogério.

No início, o som de Rosa de Saron era mais próximo do rock metálico, mas mudou com o passar dos anos e se tornou uma referência gospel. Segundo Rogério, “o estilo musical sofreu transformações, mas sempre mantivemos fidelidade à nossa proposta original”. Dizem que a banda se destacou por não se deixar levar por modismos, buscando inovar dentro da estética rock que cultivam.

Há um fundo de apostolado na forma como a banda aborda o seu trabalho musical. Bruno, que ingressou na banda em 2019, menciona a importância de compor músicas que sirvam de “porta de entrada” para quem pode ter resistência à religião. “Usamos metáforas e uma linguagem mais poética. Esta abordagem permite-nos alcançar pessoas que por vezes torcem o nariz à religião, mas são tocadas pela poesia e pela mensagem”, disse ele.

Projeto ambicioso

Recentemente, Rosa de Saron lançou um projeto ambicioso: um DVD gravado ao vivo no Theatro Municipal de São Paulo, com a participação de renomados artistas brasileiros e uma orquestra sinfônica. “Foi uma grande oportunidade de celebrar o nosso legado musical”, comentou Bruno. “A música Rosa e Espinhoque compus num período difícil da minha vida, representa essa luta e superação”, continua emocionado.

Em julho a banda fez um show em Portugal, se apresentando no festival GoodTellersno Porto. A recepção calorosa do público, em sua maioria formado por brasileiros, impressionou os integrantes. “Ficamos surpresos ao ver a quantidade de pessoas que conheciam nossas músicas e cantavam junto. Foi um sinal de que havíamos semeado algo especial”, destaca Rogério.

Quanto à forma como foram recebidos pelo público português, destacam a forte ligação cultural e a tradição católica do país. “Portugal é um berço da arte ocidental e saber que a nossa música ressoa aqui é uma dádiva”, afirma Bruno. Tanto ele quanto Rogério deixam claro que querem voltar para compartilhar mais sua mensagem e música, continuando a construir uma ponte entre o Brasil e Portugal.

Os dois músicos veem o Rose of Sharon não apenas como uma banda. Consideram-no um fenómeno que transcende barreiras culturais, unindo as pessoas em torno de mensagens de esperança e fé. Para manter a conexão com o público, eles acreditam que devem se renovar a cada ano e ter novos projetos.

Os artigos da equipe do PÚBLICO Brasil são escritos na variante da língua portuguesa utilizada no Brasil

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