Hamas diz que os comentários de Biden sobre as negociações de paz em Gaza são “enganosos”

Mais de 40 mil pessoas foram mortas em Gaza desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.

Gaza:

O Hamas classificou como “enganosas” as declarações do presidente dos EUA, Joe Biden, sobre o movimento de recuo do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.

O Hamas disse num comunicado na terça-feira que via as afirmações de Biden com “grande espanto e desaprovação”, observando que elas “não refletem a verdadeira posição do movimento, que está ansioso por cessar a agressão”, informou a agência de notícias Xinhua.

Acrescentou que as declarações fazem parte do preconceito americano em relação a Israel e de uma renovada luz verde americana para o governo israelita “cometer mais crimes contra civis indefesos na prossecução dos objectivos de exterminar e deslocar o nosso povo”.

Mencionou que os mediadores no Qatar e no Egipto sabem que o Hamas agiu de forma positiva e responsável em todas as rondas anteriores de negociações e que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, sempre foi quem “obstruiu a obtenção de um acordo, estabelecendo novas condições e exigências”.

Na declaração, o Hamas reafirmou o seu compromisso com o que foi acordado com os mediadores em 2 de julho, com base na declaração de Biden e na resolução do Conselho de Segurança da ONU, e apelou aos mediadores para que cumpram as suas responsabilidades e exortou a ocupação a aceitá-las.

Na noite de segunda-feira, Biden acusou o Hamas de “recuar” em um acordo de reféns com Israel que interromperia os combates em curso em Gaza, informou a mídia israelense.

Biden disse depois de fazer uma palestra na Convenção Nacional Democrata: “Ainda está em jogo, mas não se pode prever” e “Israel diz que pode resolver isso… O Hamas agora está recuando”, segundo a mídia israelense.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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