Políticos serão multados ou suspensos por mau comportamento neste país

Os políticos poderão ser multados até 5% do seu salário ou suspensos do Parlamento por mau comportamento.

Camberra, Austrália:

Os políticos australianos poderão ser multados até 5% do seu salário ou suspensos do Parlamento por mau comportamento ao abrigo das novas leis governamentais sobre o local de trabalho.

O Partido Trabalhista, no poder, introduziu na quarta-feira uma nova legislação para estabelecer uma Comissão Parlamentar Independente de Padrões (IPSC) para reprimir políticos e funcionários que se envolvam em mau comportamento, informou a agência de notícias Xinhua.

A IPSC terá o poder de aplicar códigos de comportamento, conduzir investigações no local de trabalho e impor sanções aos membros eleitos de ambas as câmaras do Parlamento, aos seus funcionários e a outros funcionários nos locais de trabalho parlamentares.

Se for constatado que um actual ou antigo político cometeu uma má conduta grave, a comissão pode recomendar que seja multado até cinco por cento do seu salário base anual ou suspenso do Parlamento.

O IPSC foi proposto pela primeira vez em 2021 num relatório do Comissário governamental para a Discriminação Sexual que concluiu que 33 por cento das pessoas que trabalham em locais de trabalho parlamentares da Commonwealth (CPW) sofreram pelo menos um incidente de assédio sexual e 37 por cento foram sujeitas a intimidação.

O histórico relatório Set the Standard foi encomendado depois que a ex-funcionária do governo Brittany Higgins veio a público em fevereiro de 2021 com alegações de que ela foi estuprada por um colega no Parlamento em março de 2019.

Um juiz de um tribunal federal decidiu em abril de 2024 que Higgins foi estuprada pelo colega político Bruce Lehrmann.

“O relatório Set the Standard de 2021 expôs as graves questões de intimidação, assédio sexual e agressão sexual nos locais de trabalho parlamentares”, disse Katy Gallagher, Ministra das Finanças, Ministra da Mulher e Ministra da Função Pública, num comunicado na quarta-feira.

“Temos trabalhado arduamente para implementar sistemas que permitam às pessoas apresentar queixas no local de trabalho e, quando as queixas forem fundamentadas, que tanto os funcionários como os parlamentares sejam responsabilizados pelo seu comportamento”.

Nos casos em que o alegado comportamento constituiria conduta criminosa, a IPSC teria permissão para investigar, mas qualquer conclusão não seria de culpa criminal.

Para alegações de agressão sexual, só seriam investigadas se os denunciantes consentissem.

Todo o processo será confidencial, mas se os comissários recomendarem sanções contra um representante eleito, é provável que seja tornado público.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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