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O ministro da presidência, António Leitão Amaro, anunciou esta quinta-feira, 22 de agosto, que vai começar a funcionar a task force (estrutura de missão) criada para resolver os mais de 400 mil processos pendentes na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). em setembro. Quase metade desses processos são de brasileiros.

Segundo o ministro, estão sendo realizados trabalhos de preparação da força-tarefa. «Estamos a contratar espaços com municípios, com outras entidades, com organizações não governamentais, para que tenhamos centros de atendimento e equipas de back office para processar processos com muito mais rapidez», afirmou.

Leitão Amaro explicou qual será o trabalho da task force: “É uma operação extraordinariamente complexa, verificando documentação e depois atendimento presencial, verificando novamente e recolhendo dados biométricos e posteriormente emitindo documentos após avaliação administrativa”.

Relativamente aos processos pendentes, indicou que o número de imigrantes em espera pode ser inferior ao anunciado. “Estes 400 mil cidadãos estrangeiros podem, no final, não ser tantos, porque podem já ter abandonado o território nacional, desesperados com a falta de resposta do Estado português”, disse.

Atribuiu os problemas gerados e a situação actual da AIMA, que pode ser definida como caótica, à forma como foi feita a transição do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) para a agência no ano passado, durante o governo do Partido Socialista (PS). ).

“Havia uma estrutura do SEF, que tinha um grupo de trabalhadores com diversas competências. O SEF foi desmembrado, parte dos trabalhadores foram colocados na Polícia Judiciária, parte foi disponibilizada e outra parte foi para a AIMA. ficaram sem alguns dos seus colegas com competências essenciais para a realização do trabalho”, detalhou.

Leitão Amaro garantiu que a AIMA não enfrenta falta de recursos financeiros. Os problemas que existem decorrem da escassez de recursos humanos e de sistemas informáticos desatualizados.

Greve

O ministro destacou ainda que, Em nenhum momento o Governo se recusou a negociar com os vários sindicatos que representam os trabalhadores da AIMA. “Não há nenhum sindicato que eu tenha ouvido falar que tenha tentado falar com o governo e o governo não tenha recebido. Houve e há contactos com todos”.

Sem referir a greve, Leitão Amaro disse que as horas extraordinárias já prestadas pelos funcionários da AIMA serão devidamente pagas. “Uma das medidas desta nova fase será o pagamento de todos os compromissos de vencimento, naturalmente, o que for legal. O Estado é uma boa pessoa”, apontou.

Os funcionários da AIMA declararam a partir de hoje greve das horas extraordinárias, movimento que poderá prolongar-se até 31 de dezembro, caso o Governo se recuse a negociar os termos propostos pela categoria. Na avaliação das entidades que trabalham com imigrantes, caso a greve se confirme, a situação do órgão, que já é ruim, vai piorar.

Todos os dias, as estações de serviço AIMA registrar filas enormes. Mesmo os imigrantes que conseguiram marcar uma consulta para obter uma autorização de residência muitas vezes não conseguem passar pelo porto de entrada.

Questionado sobre a proposta do partido, o Chega anunciou que quer um referendo sobre a imigração como condição para a aprovação do próximo Orçamento do Estado, afirmou: “Este governo está e continuará a agir para que a imigração seja regulada e não desregulamentada como foi, com supervisão e com regras equilibradas, de forma humanística”.

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