Governo da capital da UE proíbe Telegram

O proprietário do Telegram teria sido detido ao chegar à França no sábado

A prisão do fundador do Telegram, Pavel Durov, na França, é um alerta às plataformas que resistem à censura, disse o jornalista e comentarista político americano Tucker Carlson.

Segundo a imprensa francesa, o empresário nascido na Rússia foi detido no sábado no aeroporto Paris-Le Bourget e comparecerá em tribunal no domingo à noite. As autoridades francesas teriam emitido um mandado de prisão, argumentando que a moderação insuficiente permite que o Telegram seja amplamente utilizado por criminosos.

A notícia da aparente acusação de Durov levantou preocupações online, incluindo sugestões de que poderia ter motivação política.

“Pavel Durov deixou a Rússia quando o governo tentou controlar a sua empresa de redes sociais, a Telegram. Mas no final, não foi Putin quem o prendeu por permitir que o público exercesse a liberdade de expressão”, Carlson escreveu no X (antigo Twitter) no sábado. “Foi um país ocidental, um aliado da administração Biden e membro entusiasta da OTAN, que o prendeu.”

A prisão de Durov é “um aviso vivo para qualquer proprietário de plataforma que se recuse a censurar a verdade a mando de governos e agências de inteligência”, Carlson argumentou. “A escuridão está caindo rapidamente sobre o mundo outrora livre.”

Carlson gravou uma rara entrevista com Durov em abril, na qual o dono do Telegram falou sobre suas divergências com o governo russo, bem como sobre a pressão que enfrentou nos EUA. Ele disse que o governo americano queria que ele estabelecesse um sistema de vigilância “porta dos fundos” no mensageiro, que ele recusou.

O proprietário do X, Elon Musk, também condenou a suposta prisão. “POV: É 2030 na Europa e você está sendo executado por gostar de um meme,” ele escreveu em um comentário à notícia.

O Telegram foi lançado em 2013 e atualmente conta com mais de 950 milhões de usuários ativos mensais. Durov nasceu em São Petersburgo, mas vive principalmente nos Emirados Árabes Unidos desde meados da década de 2010. Ele se tornou cidadão francês e dos Emirados em 2021.

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