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Brasileiros que moram em Portugal ficaram chocados na manhã desta segunda-feira, 26 de agosto. Eram 5h11 da manhã quando um terremoto atingiu grande parte do país. O epicentro ocorreu a cerca de 60 quilómetros a oeste de Sines, uma cidade portuária a 150 quilómetros de Lisboa. Dados sobre a intensidade do tremor estavam sendo atualizadosatingindo 5,3 na escala Richter. Foi o maior desde 1969.

Para a maioria dos brasileiros, a primeira reação foi o medo. “Foi assustador. O prédio todo tremeu, mas nada caiu”, disse Soraya Damasceno, 43 anos, moradora do bairro Belém, em Lisboa.

Ela já estava acordada, se preparando para ir trabalhar, quando sentiu o tremor. Soraya, que é brasiliense, onde foi professora, trabalha no setor de limpeza enquanto tenta obter o equivalente ao diploma.

A executiva Susane Veloso, 58, também já estava acordada quando sentiu o tremor. “A cama tremeu. Era como se o colchão estivesse sendo puxado de um lado para o outro”, descreveu ela. “Como já estive em outros locais onde os terremotos são comuns, fui verificar na internet o que estava acontecendo e a agência especializada dos Estados Unidos indicou um terremoto de magnitude 5,4 na escala Richter”, acrescentou. “Mas, nas ruas de Cascais, está tudo normal”, acrescentou.

Jeziel Gabriel, 34 anos, baiano, residente em Sines, contou como viveu o momento: “Foi muito forte. Ele estava dormindo e sacudiu tudo. Acordou todo mundo. As pessoas no prédio começaram a falar alto”, relatou. Foi a primeira vez na vida que sentiu a terra tremer. “Eu não sabia que existia isso”, disse ele.

Agências que monitorizam o sismo em Portugal apontam que o epicentro foi em Sines, na Península de Setúbal
Imagens de satélite

Para Roney Badaró, mineiro que mora no Barreiro, o terremoto foi um sinal de que o “Apocalipse está chegando”. Ele ressaltou que foi acordado pelo terremoto. “Eu estava descansando e de repente a porta da varanda do quarto começou a balançar. Houve um barulho como um vento forte. Foi rápido, uns dez a 15 segundos”, lembrou.

aplicativos de mensagens

Como não sabiam o que realmente estava acontecendo, muitos recorreram aos aplicativos de mensagens. Em um dos grupos, um brasileiro chamado Victor destacou a situação de fragilidade em momentos como este. “Agora vejo que não há tempo para nada, principalmente para dormir”, escreveu. Numa segunda mensagem, ele demonstrou resignação. “Moro num porão. Se eu cair, tudo cairá sobre mim”, disse ele.

Mas teve gente que nem sentiu o tremor. “Não notei nada, dormi como um tronco. Agora, de manhã, minha esposa me disse que sentiu isso”, disse outro brasileiro do mesmo grupo.

Numa mensagem à população, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousapediu serenidade. As autoridades estão reunidas para analisar os dados recolhidos pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

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