Musk pede a Macron que explique prisão de Durov

O presidente francês disse anteriormente que não havia motivo político por trás da detenção do CEO do Telegram em um aeroporto nos arredores de Paris no sábado.

O magnata da tecnologia dos EUA, Elon Musk, pediu ao presidente francês, Emmanuel Macron, que esclarecesse as razões por trás da prisão do fundador e CEO do Telegram, Pavel Durov. O empresário russo foi detido na semana passada ao chegar ao aeroporto Paris-Le Bourget.

As autoridades judiciais francesas prorrogaram por duas vezes a detenção de Durov. O Ministério Público de Paris afirmou que ele foi preso como parte de um amplo inquérito criminal contra uma pessoa não identificada.

“Seria útil para o público global entender mais detalhes sobre por que ele foi preso”, Musk escreveu em um comentário na postagem de Macron no X (antigo Twitter).

No domingo, o líder francês recorreu a X para negar ter qualquer motivo político para deter Durov. Ele insistiu que a prisão faz parte “uma investigação judicial em andamento” em que os tribunais decidirão o destino do empresário.

Durov disse que enfrentou pressão dos EUA. Numa entrevista com o jornalista americano Tucker Carlson em abril, ele afirmou que recebeu “muita atenção” do FBI e de outras agências de aplicação da lei enquanto estiver em solo dos EUA.

Segundo os promotores, Durov poderá enfrentar acusações que vão desde cumplicidade no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro até facilitação da distribuição de pornografia infantil.

A mídia francesa havia relatado anteriormente que a prisão do cidadão russo de 39 anos, que também possui cidadania francesa, dos Emirados Árabes Unidos e de São Cristóvão e Nevis, estava relacionada a supostas ofensas relacionadas ao Telegram. Os relatórios sugerem que as autoridades acreditam que Durov é cúmplice numa série de crimes alegadamente cometidos através da aplicação de redes sociais devido à moderação insuficiente.

Nascido em Leningrado (hoje São Petersburgo) em 1984, Durov deixou a Rússia em meados da década de 2010 e desde então vive principalmente nos Emirados Árabes Unidos. Em 2021, obteve a cidadania francesa. Em julho, Durov escreveu em seu canal Telegram que o número de usuários mensais ativos da plataforma de mensagens havia crescido para 950 milhões.

A detenção de Durov foi denunciada como uma violação dos direitos usufruídos tanto na UE como nos EUA. Carlson, o presidente sérvio Aleksandar Vucic, o ex-contratado da CIA e da NSA Edward Snowden e o investidor do Vale do Silício David Sacks manifestaram-se em apoio ao empresário. Pouco depois da prisão, Musk, que lançou a hashtag #FreePavel, sugeriu que a pressão sobre a liberdade de expressão poderia piorar.



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