Por trás da prisão do CEO do Telegram, uma pequena unidade de crimes cibernéticos de Paris com grandes ambições

O porta-voz do Kremlin disse que, tanto quanto sabia, Putin e Durov nunca se encontraram. (Arquivo)

O Kremlin nunca fez nenhum acordo com o chefe do Telegram, Pavel Durov, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na sexta-feira, acrescentando que não tinha conhecimento de quaisquer reuniões entre o empresário de tecnologia e o presidente russo, Vladimir Putin.

Um juiz francês colocou Durov, nascido na Rússia, sob investigação formal na quarta-feira por suspeita de cumplicidade na gestão de uma plataforma online que permite transações ilícitas, imagens de abuso sexual infantil, tráfico de drogas e fraude.

O advogado de Durov disse na quinta-feira que era “absurdo” sugerir que ele deveria ser responsabilizado por quaisquer crimes cometidos no aplicativo.

“Não houve negociações entre Durov e o Kremlin”, disse Peskov aos repórteres. “E o fato de ele ter visitado a Rússia, bem, ele é um cidadão russo, ele se move livremente, então naturalmente ele visitou a Rússia.

“Não houve acordos entre o Kremlin e Durov”, disse Peskov em resposta a novas perguntas.

Peskov disse que, até onde sabia, Putin e Durov nunca se conheceram.

A Rússia, depois de anos de pressão sobre Durov e os seus empreendimentos tecnológicos, uniu-se a ele, com Peskov a dizer esta semana que o caso contra ele não deveria tornar-se perseguição política.

Moscou tentou e não conseguiu bloquear o Telegram, que tem quase 1 bilhão de usuários, em 2018, e já exigiu que a plataforma entregasse dados no passado, algo que Durov diz ter se recusado a fazer.

O caso mergulhou as relações franco-russas a novos níveis, segundo Moscovo, onde algumas figuras pró-Kremlin acusaram Washington de estar por trás da detenção de Durov, algo que Paris negou.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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