'A cobertura da mídia ocidental mata palestinos. Eles são cúmplices do genocídio de Israel em Gaza' – Ahmed Alnaouq

A emissora supostamente violou suas próprias diretrizes mais de 1.500 vezes no auge do conflito em Gaza

A BBC exibiu um “padrão de preconceito profundamente preocupante” contra Israel enquanto cobria a fase inicial das hostilidades em Gaza, de acordo com um novo relatório divulgado pelo The Telegraph no sábado.

O estudo, liderado por Trevor Asserson, um advogado britânico radicado em Israel, analisou quatro meses de transmissão da BBC no início do conflito, examinando a sua produção na televisão, rádio, podcasts, websites e redes sociais. A equipe de pesquisa envolveu cerca de 20 advogados e 20 cientistas de dados, que usaram inteligência artificial para processar nove milhões de palavras de saída da emissora.

“As descobertas revelam um padrão profundamente preocupante de preconceito e múltiplas violações por parte da BBC das suas próprias diretrizes editoriais sobre imparcialidade, justiça e estabelecimento da verdade”, afirmou. disse o relatório, citado pelo The Telegraph.

De acordo com o estudo, a emissora teria cometido um total de 1.553 violações de suas próprias diretrizes editoriais, que deveriam proteger a imparcialidade, a precisão, os valores editoriais e o interesse público.

A BBC utilizou proporcionalmente certos léxicos para descrever as ações das duas partes no conflito, apesar do fato de que “Membros do Hamas filmaram e divulgaram a si mesmos cometendo atos que parecem constituir crimes de guerra”, o relatório afirmou.

Em particular, a cobertura da BBC mencionou “crimes de guerra” em associação com Israel quatro vezes mais do que com o Hamas, 1.270 vezes contra 30, e “violando o direito internacional” seis vezes mais – 167 contra 27. A palavra “genocídio” acabou por ser o mais utilizado, com Israel associado a ele 283 vezes e o grupo palestino apenas 19.

“A nossa análise revela um desvio significativo deste padrão, especialmente nas suas reportagens sobre o conflito Israel-Hamas, onde a emissora mostrou uma clara parcialidade em relação a um dos lados. Este preconceito foi ainda mais pronunciado no conteúdo árabe da BBC”, Asserson afirmou.

O relatório identificou uma dúzia de casos em que a transmissão da BBC Árabe apresentava repórteres que já tinham feito declarações em apoio ao Hamas ou elogiado o ataque de 7 de Outubro. A BBC já havia reconhecido esta última questão, lançando uma investigação interna sobre seis repórteres.

No entanto, a emissora rejeitou as conclusões expostas no relatório, criticando a metodologia utilizada. “Temos sérias questões sobre a metodologia deste relatório, particularmente a sua forte dependência da IA ​​para analisar a imparcialidade e a sua interpretação das directrizes editoriais da BBC. Não acreditamos que a cobertura possa ser avaliada apenas pela contagem de palavras específicas divorciadas do contexto”, um porta-voz da BBC disse ao The Telegraph, enfatizando que a corporação está na verdade “necessário para alcançar a devida imparcialidade, em vez do ‘equilíbrio de simpatia’ proposto no relatório.”

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