13 anos após o tsunami, detritos nucleares removidos do reator de Fukushima

Tóquio:

Uma difícil operação para remover uma pequena quantidade de detritos radioativos da usina nuclear de Fukushima, no Japão, começou terça-feira, depois que problemas técnicos suspenderam uma tentativa anterior. A Tokyo Electric Power Company (TEPCO) disse em comunicado que sua “operação piloto de extração” foi iniciada. Isso levará cerca de duas semanas, segundo a empresa.

A pequena amostra será estudada em busca de pistas sobre as condições dentro dos reatores – um passo crucial para o descomissionamento da usina de Fukushima Daiichi.

Cerca de 880 toneladas de materiais extremamente perigosos permanecem 13 anos depois de um tsunami causado por um terremoto de magnitude 9,0 ter desencadeado um dos piores acidentes nucleares do mundo.

A remoção dos detritos dos reactores é considerada o desafio mais assustador no projecto de desmantelamento que já dura décadas.

A TEPCO planejou originalmente iniciar seu primeiro teste de remoção em 22 de agosto, com o objetivo de coletar apenas três gramas (0,1 onça) para análise – se o processo de extração for bem-sucedido.

Mas a empresa teve que interromper as obras numa fase preliminar após detectar um problema envolvendo a instalação dos equipamentos necessários.

Três dos seis reatores da usina de Fukushima estavam em operação quando o tsunami ocorreu em 11 de março de 2011, provocando o colapso.

Os detritos no seu interior têm níveis de radiação tão elevados que a TEPCO teve de desenvolver robôs especializados capazes de funcionar no seu interior.

A TEPCO implantou dois minidrones e um “robô em forma de cobra” em um dos três reatores nucleares em fevereiro, como parte dos preparativos para a tarefa de remoção.

Separadamente, no ano passado o Japão começou a libertar águas residuais tratadas da central de Fukushima no Oceano Pacífico, desencadeando uma disputa diplomática com a China e a Rússia.

Ambos os países proibiram as importações japonesas de marisco, embora Tóquio insista que a descarga é segura, uma opinião apoiada pela agência atómica da ONU.

E, numa iniciativa da TEPCO para promover alimentos da região de Fukushima, a elegante loja de departamentos londrina Harrods começou no sábado a vender pêssegos cultivados na região.

Os pêssegos de Fukushima são conhecidos por seu sabor doce e suculento – mas não são baratos, com uma caixa de três supostamente custando 80 libras (US$ 100).

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

Fuente