Ingebrigtsen ‘vinga-se’ de Nuguse e leva o diamante em 1.500

Bruxelas colocou em jogo esta sexta-feira os primeiros 16 ‘Diamantes’ do circuito, que reúne quinze encontros atléticos ao longo da temporada. E com o precioso troféu, os US$ 30 mil que cada um dos vencedores embolsa. Entre essas estrelas Jakob Ingebrigtsen brilhou novamente sim Armand Duplantis, o comediante stand-up do salto com vara dos últimos anos.

Ingebrigtsen, um dos atletas que mais espetáculo relatou em 2024 entre vitórias e recordes, ‘Vingou-se’ em Bruxelas pela derrota frente a Nuguse no penúltimo encontro deste circuito, em Zurique, há apenas 10 dias. Desta vez o norueguês não procurou o recorde mundial de El Guerrouj – que estava nas bancadas – e esculpiu o ‘seu’ diamante com um ataque cinzelado pouco antes da última volta, uma mudança de ritmo que lhe poderia ter custado caro quando quase colidiu com a lebre que estava recuando naquele momento.

Mas Ingebrigtsen, já recuperado do processo viral que o afetou em Zurique, queria terminar a temporada em grande estilo. Nem mesmo o queniano Cheruiyot ou o campeão olímpico Hocker conseguiram enfrentá-lo no final. Nem Nuguse, que tropeçou a 300 metros do final e perdeu curvatura, preocupou Jakob, que venceu com 3m30s37.

Duplantis, atingindo recorde com 6.11

O campeão olímpico do salto com vara, Armand Duplantis, levou para casa mais um diamante e só precisou de dois saltos válidos para isso: 5,62 e 5,92. Nem os gregos Karalis nem os belgas Broeders conseguiram superar esta última altura. segundo e terceiro respectivamente. Assim, com o ouro e a vitória no bolso, o sueco partiu para o recorde, sua grande motivação.

Ele fixou a fasquia em 6,11 para superar o rali que realizava desde 2023. Conseguiu-o na primeira tentativa para deleite do público no Estádio Rei Balduíno. Mas o sueco ficou lá e, centímetro por centímetro, ultrapassou até dez vezes o recorde universal até agora, o último em agosto com 6,26. O frio (em torno de 13º) e a chuva que caiu pela manhã fizeram o saltador com vara desistir de buscar mais um recorde histórico.

Sem o campeão olímpico Grant Holloway na disputa – não chegou a acordo econômico com os organizadores do circuito -, Ele deixou a luta pela vitória nos 110 metros com barreiras mais aberta. O francês Zhoya, que não se saiu bem nos saltos, subiu de cada grade para ultrapassar o italiano Simonelli na linha de chegada, com 13,16.

Zhoya comemora a vitóriaLAPRESSE

Outra das provas consecutivas, os 100 metros masculinos, também não reuniu todos os favoritos. Com a ausência de Noah Lyles, que não compete desde Paris – quando conquistou o ouro nos 100m e o bronze nos 200m -, O jamaicano Ackeem Blake surpreendeu com 9,93, o único que ficou abaixo de 10,00, para levar o diamante à frente da parte do ‘Exército’ americano, Coleman e Kerley.

O reinado no 100 feminino feminino foi novamente para Julien Alfred. O atleta de Santa Lúcia, campeão olímpico da prova, foi muito sólido, com 10,88, à frente dos britânicos Asher-Smith e Ta Lou.

Houve trigêmeo para Etopia nos 5 mil metros com vitória de Aregawi com 12m43,66 alcançou a sua melhor marca da temporada, mas sem recorde de encontro (12m39,74), o que era um dos objetivos da prova. Ele estava acompanhado no pódio pelos seus compatriotas Gebrhiwet e Bekele.

Dani Arce, quinto nos 3.000 obstáculos

Dani Arce foi o único espanhol presente nestas finais da Diamond League. O corredor terminou em quinto lugar, com 8m10s88, em uma corrida muito disputada em que ficou entre os três primeiros a duas voltas do fim. A vitória final coube ao queniano Serem (8h06,90), que saiu triunfante da luta com El Bakkali graças a um último ataque longo que o marroquino não conseguiu apaziguar.

Fora da briga pelos troféus de diamante, já que não havia competido em nenhum encontro anterior do circuito, a norte-americana Sydney McLaughlin em prova de 400 metros organizada em paralelo no Estádio Rei Balduíno. O recordista mundial, correndo sozinho nos metros finais, conquistou a vitória com 49,11, à frente da jamaicana Williams. Logo depois, no teste que ela fez colocou o Diamante em jogo, a vitória foi para a melhor do ano, a dominicana Marileidy Paulino, com 49,45, que já ganhou este troféu em 2022 e 2023.

No disco, A campeã olímpica Valarie Allman conquistou mais uma vitória, depois de vencer rivais como Feng Bin, campeã mundial em 2022, ou Sandra Elkasevic. A americana elevou o aparelho para 68,47 em sua terceira tentativa, o suficiente para levar o diamante à frente dos chineses.

O poço de comprimento teve um fim sem precedentes nos últimos tempos, com o grego Tentoglou fora do primeiro lugar. O campeão olímpico e mundial não estava bem, terminando em terceiro com 8,15 em sua última tentativa. Antes, o jamaicano Gayle havia saltado para 8,28 na segunda tentativa, o suficiente para ficar com o diamante, à frente do suíço Ehammer (8,16).

O britânico Dobson, com 44,49, venceu os 400 metros, enquanto o queniano Moraa conquistou, não sem alguma dificuldade, a vitória nos 800 metros (1m56,56). No triplo, e com apenas um salto válido, a cubana Leyanis Pérez colocou seu nome no diamante (14,37), assim como o australiano Denny no disco (69,96), que venceu Alekna e Stahl. O ucraniano Mahuchikh, em altura, e o canadense Mitton, em peso, completaram a distribuição de ouros no primeiro dia de finais da competição.



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