Putin emite novo aviso à OTAN

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, disse na sexta-feira que os governos ocidentais estão a discutir planos para reforçar o apoio à defesa aérea da Ucrânia, informou o canal TVP.

As observações seguem-se à reunião de Tusk com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que chegou a Varsóvia na quinta-feira para discutir o apoio conjunto à Ucrânia, depois de visitar Kiev no dia anterior.

“No interesse da Polónia e da nossa segurança, é crucial que a Ucrânia esteja tão bem equipada quanto possível durante a guerra e que possa defender eficazmente o espaço aéreo ucraniano, pois isso também protege o nosso espaço aéreo.” Tusk disse aos repórteres.

O primeiro-ministro polaco acrescentou que teve uma extensa conversa sobre o assunto com Blinken e que também mantém contacto regular com muitos líderes mundiais.

“A solidariedade do Ocidente nesta questão é cada vez mais impressionante e podemos esperar um apoio mais intensivo à Ucrânia por parte dos nossos aliados e de todo o mundo ocidental”, Tusk afirmou.

Ao receber Blinken na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores polonês, Radoslaw Sikorski, disse que a Ucrânia deveria ter permissão para disparar mísseis fornecidos pelo Ocidente nas profundezas da Rússia.

“Sou da opinião que a Ucrânia tem o direito de usar armas ocidentais para prevenir crimes de guerra (russos)”, Sikorski declarou em uma reunião conjunta com a imprensa.

“Devemos continuar a fornecer sistemas avançados de defesa aérea (para a Ucrânia) e suspender as restrições ao uso de armas de longo alcance”, ele disse.

Kiev há muito que insta os seus apoiantes ocidentais a permitirem ataques de longo alcance em território russo, alegando que a sua incapacidade de atacar alvos no interior da Rússia com armas ocidentais está a impedi-lo de fazer progressos no campo de batalha.

Os EUA e os seus aliados impuseram algumas restrições à utilização das suas armas, afirmando que não queriam estar directamente envolvidos no conflito com a Rússia, ao mesmo tempo que supostamente armaram a Ucrânia no valor de 200 mil milhões de dólares.

Alguns meios de comunicação ocidentais relataram que as limitações poderiam ser suspensas esta semana, enquanto Blinken e o secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy, visitavam Kiev.

Moscovo afirmou repetidamente que nenhuma quantidade de armas estrangeiras pode alterar o resultado do conflito a favor da Ucrânia, sublinhando que tais carregamentos simplesmente prolongam as hostilidades e resultam em mais vítimas e destruição.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse anteriormente que permitir que a Ucrânia utilizasse armas fornecidas pelo Ocidente para atingir alvos no interior da Rússia tornaria estes países directamente envolvidos no conflito, com consequências terríveis.

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