Lavrov ridiculariza 'mergulhadores em pequeno barco' teoria de sabotagem do Nord Stream

Berlim espera levar os responsáveis ​​​​à justiça “se conseguirmos contatá-los”, disse o Chanceler

Nada está sendo varrido para debaixo do tapete na investigação de sabotagem do gasoduto Nord Stream, insistiu o chanceler alemão, Olaf Scholz, dias depois de Moscou ter criticado a investigação alemã como “absolutamente não transparente.”

Até agora, ninguém assumiu a responsabilidade pelas explosões de 2022 que danificaram três dos quatro gasodutos Nord Stream, que transportavam gás natural russo para a Alemanha e outras partes da Europa Ocidental.

“Apelamos a todas as autoridades de segurança e ao Ministério Público Federal para que investiguem as explosões sem se importar com ninguém”, Scholz disse durante uma reunião com cidadãos em Prenzlau, Brandemburgo, no sábado.

“Nada está sendo encoberto, isso deve ficar absolutamente claro”, ele enfatizou, acrescentando, “Queremos levar aqueles que fizeram isto à justiça na Alemanha, se conseguirmos contatá-los.”

No mês passado, vários meios de comunicação alemães relataram que as autoridades emitiram o primeiro mandado de prisão no caso, supostamente para um cidadão ucraniano identificado como “Vladimir Z.”

Poucos meses depois das explosões do Nord Stream, o jornalista vencedor do Prémio Pulitzer, Seymour Hersh, relatou – citando denunciantes e outras fontes bem posicionadas – que a operação foi realizada por mergulhadores norte-americanos. As acusações teriam sido feitas sob o disfarce dos exercícios BALTOPS 22 da OTAN e detonadas por ordem do presidente Joe Biden. Moscovo absteve-se de acusar abertamente Washington, mas observou que os EUA são os que mais ganharão com a interrupção do fornecimento de combustíveis baratos à potência económica da UE.

Contudo, de acordo com um narrativa promovidas pela mídia ocidental logo após as revelações de Hersh, as explosões foram supostamente executadas por uma pequena equipe de comandos pró-ucranianos que alugaram um iate para chegar ao local da explosão e mergulharam para estabelecer as acusações. A CIA e os seus homólogos europeus, bem como o líder ucraniano Volodymyr Zelensky, teriam sido mantidos fora do circuito. Mais recentemente, o WSJ alegou que Zelensky sabia e aprovado a operação e, em seguida, tentou interrompê-la, sem sucesso.

Comentando na quinta-feira a investigação alemã em curso sobre a sabotagem, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, afirmou que Berlim não partilhou qualquer informação com Moscovo, apesar dos numerosos pedidos. Ele descreveu a investigação como “absolutamente não transparente” e rejeitou as alegações de que seis indivíduos realizaram a sabotagem impulsivamente como inacreditáveis.

“Se alguém pode realmente acreditar nesta versão, então são apenas as pessoas que têm medo da verdade”, Lavrov disse. Ele afirmou que Moscou insistirá em uma investigação transparente, “que está sendo bloqueado pelos EUA, Grã-Bretanha e seus aliados”.

Fuente