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O Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, descreveu como ocorreu a morte do cidadão brasileiro no incêndio de Albergaria-a-Velha, esta segunda-feira em Portugal. A descrição foi feita durante a conferência de imprensa diária que a Proteção Civil realiza, apresentando a situação dos incêndios no país.

“Um trabalhador de uma empresa de manejo florestal foi assediado por um incêndio enquanto estava perto das máquinas. Foi nesta situação que ficou cercado pela linha de fogo”, explicou Fernandes, ao falar de um dos mortos em Albergaria-a-Velha.

Fernandes não entrou em detalhes sobre o trabalhador falecido – nem sequer mencionou o nacionalidade. Apenas mencionou outro civil morto – havia outra pessoa, um bombeiro, que perdeu a vida nos incêndios – que caminhava numa via pública e que adoeceu, o que foi atribuído ao calor. O comunicado da Guarda Nacional Republicana (GNR) – que pode ser comparada à Polícia Militar brasileira – informou hoje que um brasileiro morreu na sequência dos incêndios enquanto tentava recuperar as máquinas de uma empresa de gestão florestal.

O caso foi repassado à Polícia Judiciária que pode ser comparado à Polícia Federal que investigará a morte. O corpo será entregue ao Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, que determinará a causa da morte. Depois, quando for libertado, a família poderá repatriar ou decidir se quer que os restos mortais permaneçam em Portugal.

Incêndios em todo o país

Segundo Fernandes, o incêndio que atinge Albergaria-a-Velha é o mais preocupante atualmente em atividade em Portugal, afetando outros quatro concelhos: Sever do Vouga, Oliveira de Azeméis, Vale do Cambra e Águeda. No total, já foram queimados 10 mil hectares e a área em risco de incêndio pode chegar a 30 mil hectares.

Fernandes relata que só esta segunda-feira o total de incêndios em Portugal atingiu os 205 a partir das 19h30. Os bombeiros conseguiram controlar 188 (91%) antes que se transformassem em grandes incêndios. Devido aos incêndios, o trânsito foi cortado em três autoestradas, incluindo a principal autoestrada do país, que liga Lisboa ao Porto.

“São condições extremas. Qualquer ignição tem potencial para se tornar um grande incêndio. É muito difícil combater incêndios que avançam a velocidades de 600 a 700 metros por hora”, explica.

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