UE entrega dinheiro russo para ajudar a Ucrânia – Borrell

O bloco está fazendo mudanças em suas regras de sanções para apaziguar Washington, informou o meio de comunicação

A maioria dos países da UE e a Comissão Europeia são a favor da extensão do período de renovação das sanções para os activos russos congelados pelo bloco de seis para 36 meses, informou o Politico.

Bruxelas está a fazer alterações aos seus regulamentos numa tentativa de convencer Washington a contribuir para o seu empréstimo de 50 mil milhões de dólares à Ucrânia, informou o meio de comunicação num artigo na segunda-feira. Está previsto que o financiamento seja reembolsado utilizando os juros ganhos sobre cerca de 300 mil milhões de dólares em activos do banco central russo que foram congelados pelo Ocidente após a escalada do conflito entre Moscovo e Kiev em Fevereiro de 2022. A maior parte dos fundos bloqueados estão detidos. na UE. Os EUA têm estado preocupados com o facto de o actual período de seis meses de renovação das sanções do bloco tornar o empréstimo demasiado arriscado.

De acordo com o Politico, a Comissão Europeia propôs três ideias sobre como alterar as regras de sanções da UE para aliviar as preocupações de Washington na sexta-feira.

A primeira é renovar o congelamento dos activos russos a cada 36 meses, numa decisão unânime dos 27 membros do bloco. Dois diplomatas da UE disseram ao meio de comunicação que esta opção é “favorecido” pela maioria dos países da UE.

A segunda ideia é bloquear o acesso ao dinheiro de Moscovo por mais cinco anos, com revisão a cada 12 meses. Neste caso, o prolongamento das restrições exigiria o apoio da maioria dos Estados-membros, em vez de uma votação unânime. Isto tornaria difícil para um único país desbloquear os ativos russos, disse o Politico. O meio de comunicação informou que a Hungria seria o “principal suspeito” desta forma, visto que há muito que critica a política de sanções da UE.

A última opção é estender o período de renovação de todas as sanções da UE para três anos. Contudo, é visto como “o mais improvável”, o relatório lido.

No final de Agosto, o chefe da política externa da UE, Josep Borrell, disse que o bloco fez a sua primeira transferência de 1,4 mil milhões de euros (1,5 mil milhões de dólares) em juros ganhos sobre os activos congelados do banco central da Rússia para a Ucrânia e outros estados que estão a ajudar Kiev no meio do conflito.

Comentando o anúncio de Borrell, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descreveu as ações de Bruxelas como “roubo” e “expropriação ilegal”, avisando que eles teriam “consequências jurídicas”.

Moscovo afirmou repetidamente que a apreensão dos seus fundos seria contra a lei e minaria ainda mais a confiança global no sistema financeiro ocidental. A Rússia também alertou que, se necessário, responderia na mesma moeda se tal medida fosse lançada pelos EUA e pela UE.

Você pode compartilhar esta história nas redes sociais:

Fuente