Texto alternativo

Os artigos elaborados pela equipe do PÚBLICO Brasil são escritos na variante da língua portuguesa utilizada no Brasil.

Acesso gratuito: baixe o aplicativo PÚBLICO Brasil em Android ou iOS.

O fluxo de brasileiros para Portugal tem sido contínuo e o país se destaca por ser, nos últimos oito anos, a principal origem das migrações para Portugal. Esta é uma das conclusões do Relatório sobre Migração e Asilo 2023publicado nesta terça-feira (17/09) por Agência para a Integração, Migração e Asilo (AIMA).

Segundo o relatório, em 2023, as autorizações de residência emitidas por Portugal totalizaram 329.978, das quais os brasileiros representavam 44,6% —eram 147.162. Também no número de autorizações de residência, os cidadãos brasileiros foram os que tiveram maior crescimento, atingindo 240% face a 2022.

O estudo concluiu que 45,3% das autorizações de residência foram emitidas em conformidade com o acordo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O grupo, que, além de Portugal e Brasil, inclui Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Timor e Guiné Equatorial, viu 149.174 dos seus cidadãos autorizados a residir em território português. Nas autorizações da CPLP, o Brasil foi responsável por 72,5% do total — 108.232 documentos.

Quanto aos vistos de investimento — os chamados “vistos ouro” —, o Brasil ficou em quarto lugar, atrás de Estados Unidos, China e Reino Unido. Os brasileiros registraram 219 documentos emitidos, enquanto os norte-americanos tiveram 567, os chineses tiveram 306 e os cidadãos do Reino Unido tiveram 234. Em quinto lugar ficaram os indianos, com 199.

Nacionalidade

Os pedidos de cidadania portuguesa por cidadãos estrangeiros apontaram para uma queda de 9% de 2022 para 2023, passando de 74.506 para 66.943 novos portugueses.

Mas, também nestes pedidos de cidadania, o maior número foi de brasileiros, que representaram 39,7% do total. Foram 26.591 cidadãos brasileiros que obtiveram a nacionalidade portuguesa. Em segundo lugar vieram os israelenses, com 8.142 (12,2%).

Na aquisição da cidadania por meio do casamento, o número total foi de 11.110, dos quais os brasileiros representaram 46,8% (5.199). Em segundo lugar ficaram os venezuelanos, com 15,5%, num total de 1.726.

Fuente