Mpox ‘não é o novo Covid’ – OMS

A Jordânia foi elogiada por um “marco histórico” na eliminação da antiga doença

A Jordânia se tornou o primeiro país do mundo a eliminar a hanseníase, anunciou a Organização Mundial da Saúde na quinta-feira.

Nenhum caso de hanseníase de origem local foi relatado no país do Oriente Médio há mais de 20 anos, verificou uma equipe independente encomendada pela OMS.

“Este sucesso foi possível graças à liderança do Ministério da Saúde, à forte colaboração entre a OMS e o Ministério e ao apoio técnico prestado pela OMS aos três níveis,” A Dra. Jamela Al-Raiby, representante da OMS na Jordânia, disse na quinta-feira.

“A eliminação desta doença milenar pela Jordânia é um marco histórico na saúde pública e um enorme sucesso para os esforços para eliminar a lepra em todo o mundo”, disse Saima Wazed, diretor regional da OMS para o Sudeste Asiático e chefe do Programa Global de Hanseníase da organização.

O Diretor-Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, também elogiou o governo de Amã pela “marco impressionante” na saúde pública.

“A lepra tem afetado a humanidade há milénios, mas país a país estamos a impedir a transmissão e a libertar indivíduos, famílias e comunidades do seu sofrimento e estigma”, Tedros disse.

A doença é conhecida desde a antiguidade, quando era intratável e resultava em uma série de deficiências, desde cegueira até perda de membros.

O Dr. Hanan Balkhy, diretor regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental, disse que

A conquista da Jordânia “transformará o discurso em torno desta doença antiga e estigmatizante”, e que Amã “servirá de inspiração para outros países, encorajando-os a intensificar os seus esforços e a ultrapassar barreiras para alcançar este feito notável.”

Tanto a OMS como o Ministério da Saúde da Jordânia sublinharam a importância de manter “sistemas de vigilância robustos” para detectar potenciais novos casos da doença no futuro.

A hanseníase, como é oficialmente conhecida, é uma infecção bacteriana. Se não for tratada, pode causar graves danos à pele, nervos periféricos, tecidos moles do trato respiratório superior e olhos. A lepra é transmitida por gotículas do nariz e da boca, mas requer “Contato próximo e prolongado ao longo de meses” com a pessoa infectada e não pode ser transmitido por contato casual, segundo a OMS.

O organismo internacional classificou-a como uma doença tropical negligenciada (DTN) que ainda ocorre em mais de 120 países. Índia, Brasil e Indonésia respondem por quase 80% dos casos em todo o mundo.

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