Entrevista com Yuval Noah Harari: inteligência artificial e o mundo em 2024

sapiens elevou um historiador israelense, formado em História Militar Medieval e Moderna, ao status de guru e figura oracular do século XXI. O livro de 2011 é presença regular nas listas dos melhores livros do século, Best-seller com lugar firme, duas décadas depois, nos destaques das livrarias de vários países – Portugal incluído.

O historiador é chamado Yuval Noah Harari e há um novo livro, Nexo. Partindo dos conceitos que fundamentam a sua visão da História e que encontramos em sapiens (como “ficções”), Harari olha para o novo mundo da inteligência artificial (IA).

Esta tecnologia está a dar os primeiros passos e os seus efeitos já são amplamente visíveis. “Por exemplo: na forma como as redes sociais minaram as democracias em todo o mundo. Em parte, isso se deve a decisões tomadas por algoritmos que descobriram as coisas de forma independente”, afirma em entrevista ao Ípsilon em Londres. “Isso criou um grande caos político e social, foi feito por uma IA extremamente primitiva, nada comparável às capacidades que veremos daqui a cinco ou dez anos”.

Com a IA a ameaçar entrar em áreas como a concessão de empréstimos, a obtenção de emprego e a própria política, é a democracia que está em jogo, considera. “Se todas as decisões sobre as nossas vidas forem tomadas com base nestas categorias algorítmicas que não compreendemos, isso certamente significa o fim da democracia, porque não há responsabilização nem transparência.”

Após o triunfo no Festival de Cinema de Cannes deste ano, Grande Passeio chega aos cinemas portugueses. É o trabalho de Miguel Gomes, mas também de uma equipa capaz de dar a volta aos reveses da pandemia e da redução de financiamento. Luís Miguel Oliveira conversou com Miguel Gomes, Maureen Fazendeiro, Mariana Ricardo e Telmo Churro. Eles formam o “comitê central” de Gomes, roteiristas especializados em “pegar borboletas” e resolver crises. Vasco Câmara assina o resenha do filme.

A maior exposição da Europa dedicada ao trabalho de William Kleinapós a sua morte em 2022, chega ao MAAT, em Lisboa. Uma viagem ao mundo do artista que foi fotógrafo, pintor, cineasta e desenhista.

Com curadoria da portuguesa Filipa Oliveira, a bienal itinerante Manifesto desembarcou em Barcelona e 11 cidades vizinhas. Entre os 92 participantes, há quatro portugueses. Isabel Salema foi a Barcelona e entrega-nos o retrato.

“A certa altura, o álcool deixou de fazer efeito e recorri à literatura. Não bebo uma única gota de álcool há 11 anos. Não é um mau caminho, pois não?”, afirma o escritor bósnio, radicado em França. Cólica Velibor. A sobrevivência deu-lhe lucidez para escrever um livro que ameaça se tornar uma referência na literatura sobre o exílio.

Lugar de salvação individual e comunitária, onde nos perdemos e nos encontramos, Em ondaso segundo álbum solo de Jamie XXé um elogio para clube. “Minha música dançante favorita são aquelas que posso ouvir em fones de ouvido”, diz o produtor e integrante do The xx ao Ípsilon.

Também neste Épsilon:

Música: fale com o Embelezar ferros-velhos sobre Nova; crítica de Infinito de Nala Sinéfro e Le Clique: Rockstar Life (X) de Jhayco;

Livros: comentários de Paioluma bela estreia do poeta Ana Isabel Moutae para Histórias completas de Katherine Mansfield.

E não só. Boa leitura!


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