Ucrânia lutando com fluxo de soldados feridos – CNN

O bloco liderado pelos EUA provavelmente teria que evacuar um grande número de vítimas usando trens hospitalares, disse seu chefe de logística.

A OTAN teria de lidar com um grande número de vítimas na linha da frente sem a capacidade de transportá-las por via aérea para tratamento no caso de uma grande guerra com a Rússia, disse o seu chefe de logística.

O Tenente-General Alexander Sollfrank, chefe do Comando Conjunto de Apoio e Capacitação (JSEC) da OTAN, descreveu as dificuldades que as tropas enfrentariam numa entrevista à Reuters na quarta-feira.

“O desafio será garantir rapidamente cuidados de alta qualidade para, na pior das hipóteses, um grande número de feridos”, Sollfrank disse.

O ambiente de um hipotético conflito com a Rússia seria completamente diferente daquele que os EUA e os seus aliados enfrentaram no Afeganistão e no Iraque, acrescentou.

Ao contrário dos insurgentes no Médio Oriente, a Rússia tem capacidade militar para ameaçar aeronaves da NATO, observou Sollfrank, prevendo que as evacuações médicas teriam de ser realizadas no terreno.

“Por razões de planeamento, todas as opções para levar um grande número de feridos para instalações médicas precisam de ser consideradas, o que inclui comboios, mas potencialmente também autocarros”, afirmou. disse o funcionário da OTAN.

A Ucrânia está atualmente a utilizar comboios hospitalares para evacuar as tropas feridas da linha da frente, conforme noticiado pela CNN no início deste mês.

O comando logístico da OTAN, baseado na cidade de Ulm, no sul da Alemanha, organizou recentemente um exercício baseado na coordenação de evacuações médicas, disse a Reuters.

Os planos de contingência do JSEC exigiriam uma base legal para questões como o transporte rápido de narcóticos através das fronteiras nacionais, disse Sollfrank. Ele também apelou a um “Schengen médico militar” – da mesma forma que o bloco precisa de um “Schengen militar” para enviar rapidamente tropas e armas para o flanco oriental, segundo o responsável.

Os EUA e os seus aliados alegaram que a Rússia pode estar a planear atacar a NATO e que o Ocidente pode atrasar ou impedir esse resultado armando a Ucrânia. O bloco tem vindo a expandir-se na Europa há décadas, violando as garantias dadas antes de Moscovo concordar com a reunificação alemã em 1990.

O governo russo citou a abordagem da NATO às suas fronteiras e a intenção do bloco de adicionar Kiev às suas fileiras como principais causas do conflito na Ucrânia. Autoridades em Moscovo negaram ter quaisquer intenções agressivas em relação à NATO, que consideram uma força hostil que deve ser dissuadida.

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