Teerã:
O Ministério das Relações Exteriores do Irã disse no sábado que o caminho do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, continuará apesar de sua morte em um ataque aéreo israelense em Beirute, após um ano de confrontos transfronteiriços entre os dois lados.
“O caminho glorioso do líder da resistência, Hassan Nasrallah, continuará e seu objetivo sagrado será realizado na libertação de Quds (Jerusalém), se Deus quiser”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanani, em uma postagem na mídia social X. lamentando a morte de Nasrallah.
O grupo libanês Hezbollah, armado e financiado pelo Irã, confirmou no sábado que Nasrallah foi morto, depois que Israel disse que o havia “eliminado” em um ataque aéreo um dia antes.
A declaração confirmou que ele foi morto com outros membros do grupo “após o traiçoeiro ataque sionista nos subúrbios ao sul” de Beirute.
O vice-presidente iraniano, Mohammad Javad Zarif, também expressou suas condolências, elogiando Nasrallah como um “símbolo da luta contra a opressão”.
O Hezbollah é listado como grupo terrorista pelos Estados Unidos.
Uma bandeira negra de luto foi hasteada no santuário sagrado do Islã xiita, Imam Reza, na cidade de Mashhad, no nordeste do Irã, de acordo com a agência de notícias local Tasnim.
Os enlutados reuniram-se ali, agitando bandeiras amarelas do Hezbollah, juntamente com bandeiras iranianas, enquanto gritavam “Morte a Israel”, mostrou a televisão estatal.
O Ministério da Saúde do Líbano divulgou uma contagem preliminar de seis mortos e 91 feridos nos últimos ataques nos subúrbios densamente povoados do sul de Beirute desde sexta-feira, os mais violentos a atingir o reduto do Hezbollah desde que Israel e o grupo entraram em guerra pela última vez em 2006.
Mais cedo no sábado, o líder supremo do Irão, o aiatolá Ali Khamenei, condenou o que chamou de “massacre” israelita no Líbano e criticou a política “míope” israelita.
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