Danos graves na Flórida, Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Tennessee enquanto Trump e Harris visitavam a região.
O número de mortos na sequência de Furacão Helena no sudeste dos Estados Unidos aumentou para pelo menos 100, segundo as autoridades, com os esforços de resgate continuando.
O presidente dos EUA, Joe Biden, descreveu o impacto da tempestade como “impressionante”. Falando aos jornalistas na segunda-feira, ele prometeu que a sua administração “continuaria a aumentar os recursos, incluindo alimentos, água, comunicações e equipamento salva-vidas”.
“Estaremos com vocês o tempo que for necessário”, disse Biden, acrescentando que poderá ter de solicitar um pacote de financiamento suplementar ao Congresso dos EUA para apoiar o esforço.
Biden também anunciou que planeja visitar a Carolina do Norte – um dos estados mais atingidos – ainda esta semana.
As operações de resgate, recuperação e limpeza também continuaram nas áreas mais atingidas da Flórida, Geórgia, Carolina do Sul e Tennessee. Os danos mais graves foram causados pelas inundações e pelas fortes chuvas da tempestade, que destruíram estradas e infra-estruturas em toda a região.
Helene atingiu a Flórida na quinta-feira, quando era um furacão de categoria quatro com ventos de 225 quilômetros por hora (140 milhas por hora).
Enfraqueceu à medida que se movia para o interior, mas causou um faixa de dano estendendo-se por mais de 804 km (500 milhas).
Pelo menos 39 pessoas foram mortas na Carolina do Norte, 25 na Carolina do Sul, 17 na Geórgia, 14 na Flórida, quatro no Tennessee e uma na Virgínia, segundo registros das autoridades locais. Espera-se que o número geral de mortes aumente.
Um condado da Carolina do Norte, Buncombe, teve pelo menos 30 mortes, disse o xerife local no domingo. O condado, que inclui a cidade duramente atingida de Asheville, fica nas montanhas Blue Ridge e sofreu inundações particularmente graves. As operações de busca continuaram na segunda-feira.
Em todo o estado, o governador da Carolina do Norte, Roy Cooper, disse que centenas de estradas foram destruídas e muitas comunidades “varridas do mapa”.
“Esta é uma tempestade sem precedentes”, disse ele aos repórteres. “Estamos trabalhando para aumentar o fornecimento. O custo emocional e físico aqui é indescritível.
“Os rios ainda estão subindo, então o perigo não acabou.”
Quase dois milhões de residências e empresas permaneceram sem energia na segunda-feira, de acordo com o rastreador poweroutage.us.
Especialistas em mudanças climáticas alertaram que temperaturas do mar mais quentes estão a causar tempestades cada vez mais fortes no Atlântico, embora Agosto e Setembro tenham sido surpreendentemente moderados.
Questão eleitoral
As consequências da tempestade, que atingiu o continente cerca de um mês antes das eleições presidenciais dos EUA, rapidamente assumiram um papel de destaque nas campanhas do candidato republicano, o ex-presidente Donald Trump, e da candidata democrata, a vice-presidente Kamala Harris.
As áreas afectadas incluem a Geórgia e a Carolina do Norte, ambas estados-chave onde as pesquisas mostram que a disputa continua acirrada.
Falando em um comício na noite de domingo em Las Vegas, Nevada, Harris abordou a devastação da tempestade.
“Sei que todos aqui enviam seus pensamentos e orações pelas pessoas que foram tão devastadas por aquele furacão”, disse ela.
“Estaremos ao lado dessas comunidades pelo tempo que for necessário e garantiremos que elas sejam capazes de se reconstruir.”
O escritório de Harris anunciou mais tarde que ela voltaria para Washington, DC antes do planejado. A Casa Branca disse que ela e Biden visitariam a região esta semana.
A campanha do ex-presidente Donald Trump também anunciou que ele visitaria Valdosta, na Geórgia, na segunda-feira para avaliar o efeito de Helene.
Espera-se que Trump receba instruções, facilite a distribuição de suprimentos de socorro e faça comentários durante a visita, de acordo com sua campanha.
