Trittel e Botín: “Se fizermos outra campanha olímpica, estaremos juntos para buscar mais uma medalha no 49er”

FLorian Trittel e Diego Botín Mostram uma cumplicidade típica de quem passa mais de 300 dias por ano juntos. “Somos um casamento civil sem mais direitos”, dizem eles rindo. Em três semanas alcançaram os pontos mais altos: vitória com a equipe espanhola no SailGP e Ouro olímpico nos Jogos de Paris. Depois de terminar o “melhor verão” das suas vidas, é hora de pensar no futuro. Eles ainda não decidiram se irão em busca de outro ciclo olímpico.

Se essas medalhas pudessem falar e eu lhes perguntasse onde estiveram durante semanas, o que diriam?
FLORIAN TRITTEL. Na primeira noite, na cama dos meus sogros. Qual é, acordei no dia seguinte e pensei que a tinha perdido. E depois, bem, acima de tudo, acompanhou-nos no momento de podermos partilhar aquela profunda gratidão que sentimos a todas as pessoas que nos dedicaram energia ao longo destes três anos, que no nosso caso foram três de preparação e de tentar dominar a arte de navegar no 49er melhor do que a nossa oposição.
Com o triunfo no SailGP e depois o ouro olímpico, tem sido o verão desportivo das vossas vidas?
DIEGO BOTIN. Completamente. Nós sempre visualizamos isso. O que aconteceria se nós dois ganhássemos? Uma pequena parte de nós não acreditava que isso fosse possível. Ainda assim, fizemos tudo. Nós conseguimos isso. E sem dúvida para mim 20 24 foi o verão dos nossos sonhos.
Como eram seus verões quando crianças? Sempre perto da água?
F. TRITTEL. Nós dois começamos a velejar quando tínhamos cinco ou seis anos. No começo tive medo do mar, do vento forte, mas aos poucos fomos acostumando a usar os elementos a nosso favor, para aproveitá-los sempre com respeito. Não consigo imaginar uma vida fora do mar neste momento.

O mais complexo para conquistar o ouro foi estabelecer o plano para os seis meses anteriores aos Jogos

Florian Trittel

Florian Trittel e Diego Botín, durante a entrevistaREI CHEMA

Somos um casamento civil sem mais direitos; Passei mais tempo com Diego do que com meu parceiro

Florian Trittel

Florian Trittel e Diego Botín, durante entrevista no MARCA.REI CHEMA

Los Angeles? Decidiremos mais tarde; queremos ver que mais opções temos no futuro

Diego Botín

P. Você está ansioso para continuar rumo a Los Angeles?
F. TRITTEL. É uma das duas opções. Podemos ir e não podemos ir. Decidiremos mais tarde, porque agora queremos aproveitar este momento, aproveitá-lo e, uma vez que nos distanciamos mais das emoções do momento, tomar essa decisão com sabedoria. No final é uma decisão que envolve, porque sabemos o que isso implica. Neste caso seriam quatro anos e não três. Já viemos com certa bagagem e também queremos ver que mais opções teremos no futuro
E será que um esteve lá e o outro não nos Jogos de 2028?
D. SAQUE Já temos muito trabalho feito e pessoalmente não vejo começar de novo com outra pessoa e ter que passar por todo o caminho que nós mesmos fizemos, mas nunca diga nunca, nunca se sabe. Mas, hoje, se fizermos outra campanha seriamos juntos e em busca de mais uma medalha no 49er.
O treinador deles prometeu raspar a cabeça se ganhassem o SailGP e o ouro olímpico. Você cumpriu?
F. TRITTEL. Ele não fez isso, então Alvarito, estamos esperando. Sabemos que você tem medo de que, se coçar, ele não volte a crescer, mas você postou isso em um bate-papo do YouTube. Temos provas, evidências empíricas.

Florian Trittel e Diego Botín, na capa da MARCA após o ouro olímpico.REI CHEMA



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