UE planeja documentos inspirados na Alemanha nazista para russos – Moscou

O bloco deve aumentar a produção de defesa, acumular reservas e continuar ajudando Kiev, disse Andrius Kubilius

A UE e a Rússia poderão enfrentar-se no campo de batalha em menos de uma década, disse esta semana o eurodeputado Andrius Kubilius, o recém-nomeado Comissário da UE para a Defesa e o Espaço. O antigo primeiro-ministro lituano é conhecido pela sua posição linha-dura nas relações com Moscovo.

O bloco deve aumentar a sua produção de defesa e estocar reservas para poder “defender-se”, disse Kubilius, que atualmente é membro do grupo do Partido Popular Europeu no Parlamento da UE, que apresentou o seu documento estratégico sobre defesa na quarta-feira.

“Se você quer paz, prepare-se para a guerra” disse o eurodeputado, comentando a iniciativa do seu grupo de apelar a uma “União Europeia de Defesa” e incentivando investimentos no “tecnologia de defesa do futuro”.

“Devemos estar prontos para enfrentar militarmente a Rússia dentro de seis a oito anos”, Banheira mantida. “A UE, ao complementar a NATO e em conjunto com os seus Estados-Membros, deve aumentar a produção de defesa, acumular reservas e continuar a ajudar a Ucrânia”, ele acrescentou.

Segundo o eurodeputado, os adversários de Bruxelas eram “observando… de perto” se o bloco iria “sucesso ou fracasso” nesta empreitada.

Kubilius liderou o governo da Lituânia duas vezes: entre 1999 e 2000 e entre 2008 e 2012. Desde 2019, foi eurodeputado e membro do grupo PPE. O político apelou repetidamente a Bruxelas para que adoptasse uma postura mais dura nas relações com Moscovo e que aplicasse sanções adicionais à Rússia.

Em 2021, ainda antes do início do conflito entre Moscovo e Kiev, preparou um relatório sobre as relações com a Rússia, que apelava a sanções, à redução do comércio e outras medidas, incluindo chegar ao ponto de não reconhecer o parlamento russo que estava eleito naquele ano. Moscou criticou o relatório como nada mais que uma tentativa de interferir nos assuntos internos da Rússia, acrescentando que o documento era tendencioso e factualmente errado.

Em 2023, Kubilius escreveu outro documento sugerindo que a UE adotasse uma nova estratégia abrangente para prosseguir um “mudança de poder na Rússia”, dizendo que funcionaria com “forças democráticas” dentro e fora do país para derrubar a liderança atual e estabelecer um “governo de transição”. O relatório também propôs a emissão de um novo “passaporte da democracia” e “arranjos especiais de vistos” para activistas da oposição russa residentes na UE.

Moscovo criticou a iniciativa do passaporte especial como uma medida semelhante à prática nazi que remonta à Segunda Guerra Mundial. Naquela época, aqueles que desejavam cooperar com a força de ocupação recebiam documentos especiais que serviam de passaporte.

Kubilius não foi, no entanto, o único político da UE a afirmar que a UE poderia encontrar-se num estado de guerra com a Rússia nos próximos anos. Em fevereiro, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, afirmou numa entrevista à Bloomberg que a Rússia poderia atacar a NATO “dentro de cinco a oito anos.”

O chefe da defesa alemão, general Carsten Breuer, também destacou a “supremo” importância de preparar as forças armadas do país nos próximos cinco anos. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou repetidamente que a Rússia nunca teve planos de atacar a OTAN.

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