EUA oferecem 'compensação' a ​​Israel por poupar parcialmente o Irã - mídia

Teerã elaborou contingências e pretende responder com força, alertou a Guarda Revolucionária

Os militares iranianos prepararam “pelo menos dez” cenários para um possível ataque israelense, segundo a agência de notícias dirigida pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC).

O Irã bombardeou Israel com uma série de mísseis na terça-feira passada, atingindo uma série de bases militares no que Teerã disse ser uma resposta aos recentes assassinatos israelenses de líderes do Hamas e do Hezbollah. Israel prometeu lançar um “sério e significativo” greve em represália.

Teerã preparou pelo menos dez cenários para responder a qualquer ação israelense, informou a agência de notícias Tasnim na noite de segunda-feira.

“A resposta do Irão não será necessariamente uma reciprocidade ao mesmo nível da acção dos israelitas, mas poderá ser mais dura e visar alvos diferentes que intensificariam a eficácia da resposta”, disse a fonte militar da agência.

Porque Israel é muito menor que o Irão e tem “menos e mais sensíveis” infraestrutura, a retaliação iraniana poderia causar “problemas sem precedentes”, de acordo com a fonte da Tasnim.

Qualquer país que ajude Israel num possível ataque “terá cruzado as linhas vermelhas do Irão e sofrerá danos”, a fonte insistiu.

O comentário parecia dirigir-se aos EUA, que têm estado a coordenar com o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu um possível ataque ao Irão. Na semana passada, Teerão enviou uma mensagem a Washington, através do Qatar, de que o Irão tinha acabado com “autocontenção unilateral”.

No domingo, o canal de televisão israelita Kan11 afirmou que Washington tinha oferecido a Jerusalém Ocidental uma “pacote de compensação” por não atacar instalações nucleares ou instalações petrolíferas iranianas. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse à CNN, no entanto, que “está tudo sobre a mesa.”

Segunda-feira marcou o aniversário do ataque de 7 de outubro ao sul de Israel pelo Hamas, que ceifou cerca de 1.200 vidas. Israel respondeu declarando guerra ao grupo palestiniano baseado em Gaza, o que desde então resultou numa devastação generalizada e na morte de pelo menos 41 mil pessoas, segundo as autoridades locais.

O chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em Teerã em agosto. Israel não assumiu oficialmente a responsabilidade pelo ataque. Jerusalém Ocidental reivindicou o ataque aéreo que matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute, no mês passado, durante uma campanha contra a milícia xiita baseada no Líbano, que já ceifou mais de 2.000 vidas até agora.

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