Entrevista com Francis Ford Coppola, o sobrevivente

“Quando Apocalipse agora Quando estreou, havia pessoas que odiavam e pessoas que odiavam. Mas eles sempre quiseram ver o filme. Uma e outra vez. Ainda é visto hoje, mais de 40 anos depois. Acho que é isso que vai acontecer Megalópole. Não é exatamente um filme chato, mas as pessoas dizem: ‘Que diabos é isso?’.”

Francisco Ford Coppola sabe o que tem nas mãos: um filme que divide opiniões.

Na entrevista que concedeu a Vasco Câmara, o cineasta Megalópoleque chega a Portugal no dia 17 depois de ter polarizado opiniões em Cannes e nos países onde já foi exibido, como algo entre o grande projeto da indústria, alimentado por milhões de dólares, e o projeto da paixão, o cinema ‘puro’. Diz isto: “Megalópole É um filme pequeno, um filme de arte, com uma grande dimensão.”

“Todo cinema é pessoal, toda arte é pessoal. De uma forma ou de outra abordo todos os meus filmes com paixão e amor. Não é possível fazer arte sem paixão”, resume o cineasta, que canaliza para Megalópole – onde existe um arquitecto e uma Nova Roma futurista e utópica – uma crença inabalável na espécie humana, nas suas capacidades.

Em tempos de cinismo e desânimo, Coppola pede-nos para darmos um salto, para abraçarmos o futuro.

“Quando damos um salto para o desconhecido, provamos que somos livres; nós, seres humanos, não fomos livres, fomos escravizados. Quem se atreve a escravizar uma espécie tão genial?”

Nenhum dossiê em MegalópoleJorge Mourinho dará cinco estrelas ao filme e Vasco Câmara coloca esta obra entre As muitas vidas de Coppola.

“É preciso manter o fogo aceso todos os dias”, diz ele Pedro Costa. Fale sobre As Filhas do Fogoseu novo curta, que chega aos cinemas com uma versão restaurada do clássico Ossosfala de música, fala de cinema. Nesta entrevista a Luís Miguel Oliveira, este deixa uma espécie de “mandamentos” aos jovens realizadores. “É fundamental que os cineastas mais jovens tenham consciência dos seus direitos e deveres: lutem para que o seu filme seja seu.”

Ao lado do guitarrista Djodje Almeida, Mayara Andrade revisita sua carreira no formato “voz e violão”. reEncanto é um registro fora do tempo, nascido do fim e do início de uma gravidez. Gonçalo Frota conversou com o cantor cabo-verdiano.

A primeira exposição de Paula Rego na Suíça reúne dezenas de obras para apresentar ao público do Kunstmuseum um artista que, disse a curadora Lucinda Canelas, fala aos nossos instintos e não à nossa cabeça.

Também neste Épsilon:

– Entrevista com o escritor Hervé Le Tellier: das histórias de Jaime Montestar à paixão por Lisboa;

– Livros: Interlúdiode Sally Rooney; A história da arte sem homensde Kate Hessel; e Os dias de barulhode David Machado;

– Novos álbuns João Maia Ferreira (com entrevista) e Jogo frio;

– Filmes: Todo o tempo que temos; E Febre de Petrov; Natureza violenta; O melhor dos mundos; Reagan; e Quando a Terra foge.

E não só. Boa leitura!


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