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Uma porta aberta para ser modelo, modelo para grandes marcas, viagens. Esta é a promessa por trás do concurso Miss Brasil Europacuja oitava edição acontece no dia 20 de outubro, na Sala Preto e Prata do Casino Estoril. As 18 candidatas vêm de diversas partes do Brasil — este ano, o maior número é de São Paulo, mas há uma Miss que, antes de cruzar o Atlântico, morou em Ji-Paraná, Rondônia.

Por trás da iniciativa está Ana Paula Schwartz, 54, pernambucana, que mora na Europa há 34 anos e, desde 2000, radicada em Portugal. “Morei na Alemanha e em Bruxelas e sempre trabalhei com moda e eventos”, conta.

O gosto por apresentações públicas vem desde a infância. “Minha mãe trabalhava como enfermeira em Recife e eu cresci em torno da dança. Desde os cinco anos participei da Escola do Frevo, do Maracatu e do Balé Popular do Recife”, lembra.

A primeira vez que veio viver para Portugal foi na década de 1990, quando o marido, engenheiro, veio trabalhar nas obras de ampliação da Ponte 25 de Abril. Retornou alguns anos depois e teve que se reinventar: trabalhou em casa de câmbio, mas redescobriu a paixão por eventos. Realizou espetáculos de samba, organizou o primeiro carnaval de Ponta Delgada, nos Açores, e até o espetáculo de samba na inauguração do Casino de Lisboa.

O primeiro concurso Miss Brasil Europa aconteceu em 2012. Inicialmente, os planos eram que fosse realizado a cada dois anos. O evento de 2014 aconteceu, mas Ana Paula não conseguiu organizar o evento de 2016. Foi retomado em 2018, com proposta de ser anual. Houve apenas uma pausa em 2020, por conta da pandemia do novo coronavírus.

Emely Diná, 28 anos, goiana, trabalha na Nestlé. Ele tem um filho de 1 ano e morou na Bélgica durante seis anos. Queria entrar no mundo da moda, mas não tinha condições financeiras
Divulgação

desfile de moda

Para os participantes, não se trata apenas de se inscrever e participar. Há trabalho até chegarem à competição. “São necessários cinco meses de preparação. Ensino elas a andar de salto alto, a andar na passarela, a estar no ambiente, a sentar, elas fazem aula de dicção”, revela Ana Paula. Ela acompanha detalhadamente o que os candidatos fazem, e até o que eles podem postar nas redes sociais é ensinado aos candidatos.

O concurso aceita mulheres de 18 a 35 anos e segue os padrões dos concursos internacionais de Miss. Aceita mulheres casadas, mães, não impõe limite de altura. Ana Paula impõe algumas condições: “Não pode ser alguém que não está fazendo nada. Tem que estar trabalhando ou estudando”, diz.

Na disputa deste ano, a mais nova, Jessi Oliveira, de Vitória, que mora no Paraná, completou 18 anos uma semana antes da decisão. A mais velha, Mariane Freitas, de Jataí, Goiás, que mora em Faro, tem 35 anos.

Ana Paula afirma que o concurso abre as portas para candidatos do mundo da moda. Vários participaram no desfile de estilistas brasileiros na Paris Fashion Week — das marcas Cíntia Fontanelle, Scarpa, Cecon —, em setembro deste ano, e, bem como na CPLP Fashion Week, realizada em agosto, em Lisboa.

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