A guerra em Gaza persiste devido à ‘teimosia’ dos EUA e de Israel – Moscou

O prédio estava sendo usado como abrigo para palestinos deslocados, segundo relatos da mídia.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) atacaram uma escola que servia como campo de refugiados no centro de Gaza na noite de domingo, matando pelo menos 22 civis, incluindo 15 crianças, informaram vários meios de comunicação na segunda-feira, citando serviços de emergência locais.

O campo de Nuseirat, localizado no centro do enclave palestino, abrigava centenas de pessoas, segundo o meio de comunicação Ahram. Cerca de 80 pessoas também ficaram feridas no ataque, segundo a BBC, citando um porta-voz da defesa civil.

A IDF disse que estava analisando os relatos de vítimas civis. Não comentou o alvo do bombardeio nem os motivos do ataque. De acordo com a Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), o prédio da escola seria usado para administrar vacinas contra a poliomielite a partir de segunda-feira.

Os militares israelitas também mataram quatro pessoas e feriram dezenas de outras num ataque separado contra o hospital de al-Aqsa, no centro de Gaza. A IDF afirmou que suas forças tinham como alvo um “centro de comando e controle” de terroristas numa “ataque preciso”.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, condenou as ações das FDI e o grande número de vítimas civis na intensificação da campanha israelense. Ele “Insta veementemente todas as partes no conflito a cumprirem o direito humanitário internacional e enfatiza que os civis devem ser respeitados e protegidos em todos os momentos”, seu porta-voz, Stephane Dujarric, disse aos jornalistas na segunda-feira.

Jerusalém Ocidental declarou recentemente o secretário-geral da ONU persona non grata, acusando-o de não ter conseguido “condenar inequivocamente” Irã por causa de seu ataque com mísseis contra Israel.

Israel declarou guerra ao grupo militante palestino Hamas, baseado em Gaza, em outubro passado, depois de combatentes matarem cerca de 1.100 pessoas e fazerem cerca de 250 reféns num ataque surpresa ao Estado judeu. Depois de quase um ano de operações aéreas e terrestres israelenses em Gaza, quase 42 mil pessoas foram mortas, a maioria delas mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde do enclave.

As forças israelenses também vinham conduzindo uma operação de baixa intensidade contra a organização Hezbollah sediada no Líbano. No mês passado, porém, Israel lançou uma grande campanha aérea no Líbano que foi precedida pela aparente sabotagem israelita de milhares de dispositivos de comunicação do Hezbollah. Seguiu-se uma invasão terrestre no início deste mês e o número de mortos no Líbano ascende actualmente a mais de 2.000 pessoas, incluindo 127 crianças, de acordo com o Ministério da Saúde do país.

Na segunda-feira, pelo menos 21 pessoas morreram e oito ficaram feridas num ataque aéreo israelita ao norte do Líbano, informou o ministério.

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