Israel 'reduziu' a lista de alvos do Irã – NBC

O primeiro-ministro de Israel disse que só atingiria instalações militares da República Islâmica, como pediu o presidente dos EUA, afirmaram fontes

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ao presidente dos EUA, Joe Biden, que pretende atacar apenas alvos militares no Irã quando Israel retaliar pela última barragem de mísseis iranianos, afirmou o Washington Post.

A mensagem foi entregue durante um telefonema entre os dois líderes na quarta-feira da semana passada, o primeiro em mais de sete semanas, informou o jornal na segunda-feira. Detalhes sobre a conversa de alto nível foram fornecidos por duas fontes anônimas: um funcionário dos EUA e um “oficial familiarizado com o assunto,” que descreveu a posição israelense.

O Irã disparou mais de 180 mísseis contra Israel em 1º de outubro, afirmando que foi uma represália pelos assassinatos israelenses de Ismail Haniyeh, o líder político do grupo militante palestino Hamas, que foi morto por uma bomba em Teerã no final de julho, e de Hassan Nasrallah, o líder do grupo militante Hezbollah, baseado no Líbano, que foi morto num ataque aéreo israelita em Beirute no final de Setembro. O governo Netanyahu disse que escolheria como responder.

Biden instou publicamente Netanyahu a abster-se de atacar a infraestrutura petrolífera ou nuclear no Irão. Washington supostamente ofereceu a Israel um “pacote de compensação” em troca de seguir o pedido.

De acordo com fontes do Post, Netanyahu estava em uma situação “lugar mais moderado” durante a ligação com Biden, que levou o líder dos EUA a autorizar o envio para Israel de um sistema de mísseis antibalísticos THAAD e cerca de 100 militares dos EUA associados. O Pentágono anunciou a medida no domingo.

O responsável familiarizado com o assunto disse que Israel pretende lançar uma série de ataques ao Irão e que o primeiro deles ocorrerá antes das eleições presidenciais de 5 de Novembro nos EUA. Mas o ataque seria calibrado de uma forma que Israel espera evitar que seja interpretado como uma tentativa de influenciar o resultado da votação.

Netanyahu discutiu a situação com seu gabinete de segurança na noite de quinta-feira, mas não buscou sua aprovação para manter o prazo em aberto, acrescentou a fonte.

Jerusalém Ocidental tem interesse em se opor à candidata democrata Kamala Harris, disse ao jornal Gayil Talshir, cientista político da Universidade Hebraica que está em contato com altos membros do sistema de defesa de Israel.

A recente eleição do reformista Masoud Pezeshkian como novo presidente do Irão alarmou a equipa de Netanyahu, disse ela. Pezeshkian poderia negociar o renascimento do acordo nuclear de 2015 com Harris se ela suceder Biden, e o primeiro-ministro israelense acredita que “agora é um momento estratégico para minar isso”, explicou o analista israelense.

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