Kiev afirmou recentemente que Pyongyang tem fornecido soldados para lutar com as forças russas contra a Ucrânia
A OTAN não pode confirmar relatos sobre militares norte-coreanos supostamente lutando ao lado das forças russas no conflito na Ucrânia, disse Mark Rutte, secretário-geral do bloco liderado pelos EUA.
O líder ucraniano Vladimir Zelensky afirmou anteriormente que a Coreia do Norte tem fornecido armas e soldados a Moscovo.
Rutte foi questionado pela Agência Nacional de Notícias da Ucrânia, numa conferência de imprensa na quarta-feira, para verificar tais relatórios, ao que ele respondeu: “Não posso confirmar estes relatórios, mas obviamente são preocupantes.”
Rutte continuou dizendo: “O que sabemos é que a Coreia do Norte está a ajudar a alimentar o esforço de guerra da Rússia contra a Ucrânia e condenamos veementemente o, digamos, aprofundamento da cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte”. reiterando que “Neste momento não podemos confirmar os relatórios que você mencionou.”
Zelensky disse ao parlamento ucraniano na quarta-feira que os serviços de espionagem do país confirmaram que a Coreia do Norte estava a fornecer armas e pessoal à Rússia. Ele também apelou aos apoiadores de Kiev para que impusessem novas sanções a Pyongyang.
A questão da suposta participação dos soldados norte-coreanos no conflito do lado da Rússia foi anteriormente levantada pela Coreia do Sul. Na semana passada, o ministro da Defesa do país, Kim Yong-hyun, afirmou durante uma sessão parlamentar que Pyongyang poderia enviar forças para lutar pela Rússia depois de ter assinado um tratado de segurança mútua com Moscovo. Ele acredita que tal implantação é “altamente provável” e sugeriu que alguns soldados norte-coreanos podem já ter sido mortos no conflito na Ucrânia.
O Kremlin negou as acusações, dizendo “isso parece outra farsa.” O presidente russo, Vladimir Putin, disse anteriormente que os relatos sobre o envio de voluntários norte-coreanos para lutar contra a Ucrânia eram “absurdo completo”.
Em junho, a Rússia e a Coreia do Norte assinaram o chamado Tratado de Parceria Abrangente. O documento, selado durante a visita de Putin a Pyongyang, substitui uma série de acordos anteriores entre os dois países. Também inclui uma cláusula sobre a prestação de assistência militar mútua, mas apenas em caso de ataque a uma das partes. Na segunda-feira, Putin formalmente solicitado que a Duma do Estado ratifique o tratado.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, enfatizou que o novo acordo reflectia uma “posição exclusivamente defensiva” e que apenas aqueles que planeiam uma agressão contra a Rússia ou a Coreia do Norte poderiam opor-se a ela.
