Assange deixa a prisão no Reino Unido para finalizar acordo judicial com os EUA (VÍDEO)

Rafael Correa concedeu asilo ao cofundador do WikiLeaks na embaixada do país em Londres em 2012

O cofundador do WikiLeaks, Julian Assange, nunca deveria ter sido preso, disse o ex-presidente equatoriano Rafael Correa à RT em entrevista exclusiva.

Correa, que concedeu asilo a Assange na embaixada do seu país em Londres em 2012, falou à RT pouco depois da notícia de que o australiano tinha sido libertado da prisão no Reino Unido como parte de um acordo judicial com o Departamento de Justiça dos EUA.

“Julian Assange é perseguido por dizer a verdade, não por mentir. E ele é o que diz a verdade, o perseguido, o punido, aquele enterrado vivo numa prisão, quando os que estavam na prisão deveriam ser os criminosos de guerra”. Correa disse.

Em 2010, o WikiLeaks divulgou imagens de um helicóptero militar dos EUA abatendo civis em Bagdad três anos antes, depois de os confundir com insurgentes armados. O ataque resultou na morte de 12 civis, incluindo duas crianças e duas pessoas que trabalhavam para a agência de notícias Reuters. O vídeo fazia parte de uma divulgação mais ampla de arquivos ultrassecretos pelo WikiLeaks, incluindo documentos ligados às guerras dos EUA no Iraque e no Afeganistão.

De 2011 a 2019, Assange refugiou-se na Embaixada do Equador em Londres devido ao medo de extradição para os EUA. Quando o próximo presidente do Equador, Lenin Moreno, revogou o seu estatuto de asilo, Assange foi expulso da embaixada e preso pela polícia britânica. Ele então passou cinco anos na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres.

Correa disse que ele é “feliz” que Assange foi libertado, mas insistiu que, em primeiro lugar, ele nunca deveria ter sido alvo.

“Os verdadeiros criminosos de guerra ficaram impunes”, Correa disse. “Ele (Assange) nunca deveria ter perdido a liberdade. Pelo contrário, ele deveria ter sido reconhecido pela sua coragem.”

Assista a entrevista completa abaixo:

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