A declaração do primeiro-ministro israelense ocorre depois que o Hamas aceitou uma parte fundamental de uma proposta de cessar-fogo
Qualquer potencial acordo de cessar-fogo em Gaza deve permitir que Israel retome os combates até que todos os seus objetivos de guerra sejam alcançados, disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no domingo. Um dos principais objectivos repetidamente expressos pelo PM é a eliminação completa do grupo militante Hamas.
A declaração de Netanyahu ocorre depois que o Hamas aprovou uma proposta dos EUA para um acordo de cessar-fogo em fases, abandonando uma exigência importante para que Israel primeiro se comprometesse com um cessar-fogo permanente antes de assinar o acordo, segundo uma fonte da Reuters.
O Hamas espera pôr fim às hostilidades através de conversações durante a primeira fase de seis semanas do acordo que visa resolver o conflito em Gaza, disse o meio de comunicação.
No entanto, o grupo militante palestiniano quer garantias escritas dos mediadores internacionais de que Israel continuará a negociar um cessar-fogo permanente quando a primeira fase do acordo entrar em vigor. A questão dos reféns também será abordada após a implementação da primeira fase.
Autoridades do Hamas disseram que aguardam a resposta de Israel à última proposta. Netanyahu insistiu no domingo, porém, que qualquer acordo deve “permitir que Israel volte a lutar até que todos os objetivos da guerra sejam alcançados”.
De acordo com relatos da mídia, Netanyahu estava programado para realizar consultas sobre os próximos passos, mas a sua última declaração prejudicou a dinâmica do acordo.
“O plano que foi acordado por Israel e que foi bem recebido pelo presidente Biden permitirá que Israel devolva os reféns sem infringir os outros objetivos da guerra”, Netanyahu insistiu.
As conversações mediadas pelo Qatar, pelo Egipto e pelos EUA não conseguiram até agora garantir uma trégua em Gaza ou a libertação de reféns desde um cessar-fogo de uma semana em Novembro, que resultou na libertação de 105 reféns de Gaza e de 240 prisioneiros palestinianos.
Israel iniciou a sua operação em Gaza em resposta a uma incursão transfronteiriça do Hamas em Outubro passado, na qual pelo menos 1.200 pessoas foram mortas e 250 feitas reféns. Acredita-se que cerca de 116 cativos ainda estejam detidos em Gaza.
Mais de 38 mil pessoas foram mortas até agora e mais de 87 mil ficaram feridas em ataques israelenses ao enclave palestino, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Você pode compartilhar esta história nas redes sociais: