Joe Biden de volta à campanha eleitoral à medida que aumenta a pressão dos democratas

Biden escreveu uma longa carta aos legisladores do Partido Democrata dizendo “Eu me recuso” a renunciar. (Arquivo)

Joe Biden instou os legisladores democratas na segunda-feira a apoiarem sua campanha de reeleição ou a desafiá-lo na convenção do partido no próximo mês, enquanto a tentativa de reeleição do presidente dos EUA entrava em uma semana crítica.

O homem de 81 anos redobrou seu desafio aos apelos para se afastar, depois de um debate desastroso contra o rival republicano Donald Trump no mês passado, que aumentou os temores de que ele esteja velho demais para cumprir um segundo mandato.

Biden estará sob escrutínio extra esta semana, enquanto organiza uma cimeira de líderes da NATO em Washington, com muitos aliados a procurarem garantias no meio de sondagens que prevêem que o isolacionista Trump vencerá em Novembro.

Biden ligou para o programa de televisão “Morning Joe” da MSNBC para dizer que estava “confiante” de que “o eleitor médio ainda queria Joe Biden”.

Parecendo irritado na entrevista por telefone, Biden disse que estava “ficando muito frustrado com as elites… do partido”.

“Qualquer um desses caras que não acham que eu deveria concorrer – concorrer contra mim. Anunciar para presidente, desafiar-me na convenção”, acrescentou.

Em uma ação rápida no início da semana, Biden também escreveu uma longa carta aos legisladores do Partido Democrata dizendo “Eu me recuso” a renunciar.

“Estou firmemente comprometido em permanecer na corrida”, escreveu Biden.

“A questão de como avançar tem sido bem discutida há mais de uma semana. E é hora de acabar.”

Cimeira da OTAN

Biden deve superar as preocupações suscitadas pelo debate, durante o qual perdeu repetidamente a linha de pensamento, mutilou a sua sintaxe e falou com uma voz rouca.

Ele culpou o jetlag e um resfriado.

Mas no domingo, quatro congressistas importantes disseram, em uma teleconferência com legisladores do partido, que era hora de Biden se retirar, segundo a mídia norte-americana.

Os democratas retornam esta semana de um breve recesso no Capitólio sob pressão para ficarem na linha do presidente ou instá-lo a se afastar.

Terça-feira, quando a cimeira da NATO começar, poderá revelar-se um ponto de viragem: espera-se que os legisladores do partido realizem a sua reunião regular, o que poderá unir qualquer tentativa para o forçar a sair.

O desempenho de Biden na cimeira que assinala o 75º aniversário da aliança da NATO também será acompanhado de perto. Ele deverá participar de diversas reuniões e dar sua primeira entrevista coletiva desde o desastre do debate.

Muitos países europeus temem o regresso de Trump, já que o homem de 78 anos critica há muito a aliança de defesa, expressa admiração pelo homem forte russo, Vladimir Putin, e insiste que pode trazer um fim rápido à guerra na Ucrânia.

Agenda lotada

Depois de um dia agitado de eventos de campanha no estado indeciso da Pensilvânia, no domingo, Biden não tem eventos públicos agendados para segunda-feira, que deverá passar se preparando para a cúpula.

A primeira-dama Jill Biden, uma feroz defensora do presidente, deverá fazer campanha para ele na Geórgia, na Flórida e na Carolina do Norte.

Na sexta-feira, o presidente retoma a campanha eleitoral mais uma vez, rumo ao estado de batalha de Michigan, antes de ir para sua casa à beira-mar em Rehoboth, Delaware.

Faltando apenas quatro meses para o dia das eleições e a convenção do partido em meados de agosto, o tempo está correndo para qualquer movimento para substituir Biden como candidato.

Biden e a sua equipa parecem determinados a avançar para o cerco, com a campanha a revelar uma agenda intensa para o final de julho, incluindo uma avalanche de anúncios televisivos e viagens a estados-chave.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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