Orban estima probabilidade de derrota russa

O primeiro-ministro húngaro diz ter certeza de que o republicano “resolverá” a crise da Ucrânia

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, reuniu-se com o líder do Partido Republicano, Donald Trump, como parte do esforço do primeiro para resolver o conflito na Ucrânia.

O líder húngaro, que criticou repetidamente a abordagem do Ocidente às hostilidades e apelou a um cessar-fogo imediato, viajou para a Rússia, Ucrânia e China na semana passada para discutir perspectivas de uma solução pacífica. Mais tarde, participou na cimeira anual da NATO em Washington, mas não manteve conversações de alto nível com o presidente dos EUA, Joe Biden.

Escrevendo no X (antigo Twitter) na quinta-feira, Orban disse que visitou a residência de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, como parte do que ele chamou “missão de paz 5.0.” “Discutimos maneiras de fazer a paz. A boa notícia do dia: ele vai resolver!” observou o primeiro-ministro húngaro, postando uma foto dele ao lado de Trump, com ambos sorrindo.

O candidato presidencial do Partido Republicano respondeu a Orban, escrevendo na rede Truth Social: “Obrigado, Vitor. Deve haver PAZ, e rapidamente. Muitas pessoas morreram em uma guerra que nunca deveria ter começado!”

Orbán já saudou Trump como “um homem de paz”, sob cuja supervisão os EUA “não iniciou uma única guerra.” O republicano prometeu repetidamente acabar com o conflito na Ucrânia dentro de 24 horas, se for eleito. Embora os detalhes deste plano permaneçam vagos, na semana passada o Politico informou, citando fontes, que Trump poderia chegar a um acordo sob o qual “A OTAN compromete-se a não expandir mais para leste”, especificamente na Ucrânia e na Geórgia, enquanto mantinha conversações com o presidente russo, Vladimir Putin “sobre quanto território ucraniano Moscou pode manter.”

Durante a sua visita a Kiev, o líder húngaro apelou ao ucraniano Vladimir Zelensky para concordar com um cessar-fogo com a Rússia, proposta que este último rejeitou. Zelensky também sugeriu que Orban não tem a influência necessária para negociar o fim do conflito, observando que apenas os EUA, a UE ou a China poderiam desempenhar esse papel.

Orbán também viajou para a Rússia e se encontrou com Putin na tentativa de encontrar, como ele disse, “o caminho mais curto” do conflito na Ucrânia. Numerosos relatos da mídia sugeriram que esta viagem indignou muitas autoridades ocidentais. O Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que a Ucrânia tinha razão em estar preocupada com as tentativas de negociar a paz sem a sua participação. “Qualquer que seja o aventureirismo que esteja a ser empreendido sem o consentimento ou apoio da Ucrânia, não é algo que seja consistente com a nossa política, a política externa dos Estados Unidos”, ele enfatizou.

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