O vírus Oropouche, transmitido por mosquitos infectados, matou duas mulheres, disse o Ministério da Saúde
O Brasil registrou as primeiras mortes no mundo pelo vírus Oropouche, depois que duas mulheres morreram da doença, que é transmitida por moscas e mosquitos infectados, informou o Ministério da Saúde do país.
A febre Oropouche, batizada em homenagem à região de Trinidad e Tobago onde foi descoberta pela primeira vez, é uma infecção viral tropical transmitida do sangue de preguiças aos humanos por mosquitos e mosquitos infectados. Desde que a doença foi descoberta em 1954, foram relatados casos na América Central e na América do Sul, particularmente nas regiões ao redor da bacia amazônica.
As duas vítimas do nordeste da Bahia foram “menor de 30 anos, sem comorbidades, mas apresentava sinais e sintomas semelhantes a um caso grave de dengue”, de acordo com comunicado divulgado pelo Ministério da Saúde na quinta-feira.
O ministério informou ainda ter registrado 7.236 casos da infecção Oropouche em 2024, acrescentando que a doença foi isolada pela primeira vez no Brasil em 1960. A maioria dos casos foi notificada nos estados do Amazonas e Rondônia.
As autoridades de saúde brasileiras estão atualmente investigando outra suspeita de morte por febre Oropouche no sul do estado de Santa Catarina, bem como seis possíveis casos de transmissão do vírus de mãe para filho, levando a duas mortes fetais.
Os sintomas da doença de Oropouche são semelhantes aos da dengue, como febre, dores musculares, rigidez articular, dor de cabeça, vômitos, náuseas, calafrios e sensibilidade à luz, disse o ministério, acrescentando que geralmente duram de três a seis dias.
No início deste ano, o Ministério da Saúde Pública de Cuba relatou surtos da doença do vírus Oropouche em duas províncias, Santiago de Cuba e Cienfuegos. Em outubro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou a primeira detecção do vírus Oropouche na Guiana Francesa.
Na época, a OMS afirmou que não havia evidências de transmissão do vírus Oropouche entre humanos.
