O 'efeito Xabi Alonso' marca uma nova era nas bancadas

Vincent Kompany, Thiago Motta, Enzo Maresca e Nuri Sahin têm um denominador comum: grandes jogadores de futebol que, sem uma carreira longa ou super bem sucedida como treinadores, Eles pousaram neste verão no banco de um gigante europeu com quem -exceto Sahin- não tinham nenhuma ligação anterior.

Um ‘efeito de chamada’ alimentado pelos sucessos de Xabi Alonso no Bayer Leverkusen: Ele pegou o penúltimo time e o levou à conquista da primeira Bundesliga de sua história. Analisamos cada caso detalhadamente:

Vincent Kompany (Bayern)

As recusas de Xabi Alonso, Nagelsmann, Rangnick… acabaram com Kompany na Allianz Arena. “Foi dito publicamente que Vincent não era a nossa primeira escolha e ainda assim ele teve a coragem de nos escolher”enfatiza Max Eberl.

O diretor-geral esportivo do Bayern nega o ceticismo criado pela falta de experiência de Kompany, que vem da promoção e rebaixamento para o Burnley: “Ele era mais do que um jogador. No City ele foi o braço estendido de Guardiola em campo. Ele é treinador há quatro anos, mas, na cabeça dele, já era treinador 10″.

Kompany, no City, foi o braço estendido de Guardiola em campo. Ele é treinador há quatro anos, mas, na sua cabeça, já era treinador há 10 anos.

Max Eberl

A influência de Guardiola pesou na sua escolha, mas Kompany prefere se distanciar: “Ele é um dos treinadores mais especiais da história. Ele teve uma grande influência sobre mim, Mas é importante seguir seu próprio caminho.”

Enzo Maresca (Chelsea)

Mais um treinador com o ‘selo Guardiola’. Foi seu assistente no City que conquistou a Liga, a Copa e a Liga dos Campeões em 2021-22. “Taticamente ele é o melhor treinador que já tive. Tem coisas do Pep. Ele quer ter a posse, vir por trás…”aponta seu ex-aluno Ricardo Pereira.

Ricardo Pereira: “Maresca tem coisas de Guardiola”

Seu grande sucesso, por si só, foi devolver o Leicester à Premier League. Não o suficiente para Frank Lebeouf, ex-jogador do Chelsea: “Acho que nada vai mudar”.

O ex-jogador do Sevilla venceu Thomas Frank, McKenna e De Zerbi para se tornar o sexto treinador da ‘era Boehly’. Ter um estilo proativo sem descurar a estabilidade defensiva jogou a seu favor. “Às vezes, se você sai jogando por trás, você sofre gols, mas sempre marcará mais do que sofreu.” deprecia Maresca.

Thiago Motta (Juventus)

“Estou convencido de que podemos abrir um ciclo interessante. Na Juve, como em qualquer grande equipe, você tem que vencer. “Eu não trocaria este lugar por nenhum outro” garante Mota, que, depois de dirigir Gênova e Spezia, pode se orgulhar de tendo colocado o Bologna na Liga dos Campeões pela primeira vez desde 1964-65.

Estou convencido de que podemos abrir um ciclo interessante. Na Juve, como em qualquer grande equipe, você tem que vencer. Eu não trocaria este lugar por nenhum outro

Thiago Motta

O roteiro do ex-jogador do Barça e do Atlético é radicalmente oposto ao de Allegri. Busca ser protagonista com bola e agressivo sem ela a partir de um esquema flexível em que os laterais têm bastante destaque. Daí especulações sobre a chegada de Adeyemi e Sancho a Torino.

“Tive a sorte de trabalhar com treinadores muito diferentes, como Mou e Gasperini. Tirei algo de cada um para construir a minha ideia.para. Tenho certeza que faremos bem”, reconhece Motta.

Nuri Sahin (Borussia Dortmund)

Sahin não estava ligado apenas ao BVB como jogador. Ele foi o braço direito de Terzic até junho: “Entendo a especulação, mas Edin já sabia que eu não queria desempenhar esse papel pelo resto da vida.”

Entendo a especulação, mas Edin já sabia que eu não queria desempenhar esse papel pelo resto da vida.

Nuri Sahin

Em Dortmund vêem o antigo jogador do Real Madrid, que já treinou o Antalyaspor, como uma espécie de “jogador-treinador”. Ele está envolvido em todos os exercícios. “Ele treina de forma diferente. Ele tem uma abordagem direta e clara”, sugere o diretor esportivo Sebastian Kehl.

Sahin, tímido, se transforma em verde. Seus gritos ao estilo Klopp são novidade: “É fundamental que os meninos sintam essa energia”, diz o turco, que quer que o BVB deixe de ser “submisso” – como disse Hummels – e se torne dominante.



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