Periquito que voa, periquito na caçarola... Primeira aula

MQuem sabe disso disse (e não é uma crítica, na verdade) que o jogo contra a República Dominicana seria um jogo passeio. Mas isto é o futebol, o desporto, os Jogos Olímpicos. Vencemos e conseguimos a passagem para as quartas de final, mas tivemos que lutar como se fosse uma luta de judô. (os nossos estavam na tapeçaria ao mesmo tempo em paralelo). Vendo a bagunça que aconteceu e que levou o Caribe a jogar com um a menos o segundo tempo inteiro… O que teria acontecido jogando 11 contra 11?

Tem dias que você não tem dia para encarar a meta… ou quando tudo se volta contra você. Os dois lados da mesma moeda. A Espanha beneficiou presentes de seu rival para dirigir sua vitória em Bordeaux. Primeiro foi Enrique Boesl, goleiro caribenho, que deu a bola a Fermín na tentativa de iniciar uma jogada por trás e o jogador do Barcelona só teve que empurrar para o fundo da rede. Então foi João Urbáez que desviou um remate de Alex Baena da frente para enganar seu companheiro de equipe e assistir juntos a bola entrar em seu gol.

A chegada da tecnologia ao futebol significa que cada partida pode ser analisada – e reencaminhada – com a mesma precisão de um bisturi cirúrgico.. A título de exemplo, o terceiro golo da Espanha, em que um cruzamento de Fermín da direita não conseguiu ser finalizado por Aimar Oroz ao primeiro poste e Miguel Gutiérrez marcou à vontade ao segundo. Tivemos que recorrer ao VAR e esperar quatro minutos para verificar, quadro a quadroque a bola não tocou no jogador do Osasuna mas no zagueiro, que habilitou o jogador do Girona e assim validou o gol.

O jogo esquentou muito nos minutos finais do primeiro tempo. Edison Azcona, capitão da República Tcheca, perdeu a paciência após falta de Pau Cubarsí e chutou-o na virilha o que resultou em cartão vermelho direto. O defesa-central espanhol também viu o aviso e por isso vai falhar o último jogo da fase de grupos frente ao Egipto

Ángel Montes de Oca entrou para a história de seu país ao ser o primeiro dominicano a marcar um gol nos Jogos Olímpicos. Formado na Academia do Barcelona, ​​em Santo Domingo, é um dos dois integrantes da seleção caribenha que joga em seu país (Cibao FC). Ele aproveitou um erro na marcação de Fermín após escanteio para marcar. Um objetivo para a eternidade!

Santi Denia, que sabe muito sobre isso, já nos diz há um mês que a prioridade é fazer deste grupo de grandes jogadores uma equipe. Acho que ele está conseguindo por fora, mas por dentro ainda há detalhes para polir. Hoje eles estavam mais tranquilos em campo, mas algo tão elementar no belo esporte como o gol continua falhando. A Espanha finalizou 20 vezes e apenas 9 delas marcaram. E três deles, os gols, foram para marcar. Teremos que trabalhar

Marcos Pubilautor do primeiro gol contra o Uzbequistão na partida de abertura dos Jogos, foi licença médica de última hora por sobrecarga muscular cujo relatório médico diz ‘evolução pendente’. O jogador do Almería foi substituído na convocatória – e no onze – por Juanlu Sánchez que mais do que correspondeu às suas expectativas.

É verdade que Espanha é para o laíto da França e que a República Dominicana está localizada a 6.952 quilômetros de distância e tem um oceano no meio, mas isso não significa que não possamos deixar de elogiar os torcedores espanhóis que lotaram as arquibancadas do Matmut Atlantique em Bordeaux. Seguidores de Madrid, Barcelona, ​​​​Murcia, Almería, Torresandino… Camisetas, bandeiras, banners e muita arte para animar nossa gente na segunda etapa de sua aventura olímpica.



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