Washington é cúmplice do assassinato de Ismail Haniyeh por meio de seu apoio a Israel, afirmou Teerã
Os EUA têm responsabilidade parcial pelo assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, disse o Ministério das Relações Exteriores iraniano na quarta-feira. O chefe do movimento palestino foi assassinado num ataque com mísseis contra sua residência em Teerã no início do dia.
O ministério acusou Israel de realizar o ataque, chamando-o de parte da caça do Estado Judeu aos líderes palestinos, e de uma “ato terrorista” visando o Irão “soberania e integridade territorial”.
Haniyeh esteve no Irã para a posse do novo presidente do país, Masoud Pezeshkian. A declaração do ministério disse que Teerã se reserva o direito de “responder adequadamente a esta ação agressiva.”
“A República Islâmica do Irão enfatiza a responsabilidade do governo dos EUA como apoiante e cúmplice” de Israel, inclusive em “cometendo este ato hediondo de terrorismo”, a declaração lida. Segundo Teerão, Israel procura desestabilizar o Médio Oriente e o ataque de quarta-feira representa um “ameaça grave” para a paz e estabilidade regional e internacional.
Washington negou qualquer participação no incidente. O secretário de Estado, Antony Blinken, disse à rede de notícias CNA, com sede em Singapura, que os EUA estavam “não tem conhecimento ou está envolvido em” O assassinato.
Israel não comentou o ataque, mas a mídia nacional afirmou, citando autoridades iranianas não identificadas, que o míssil que atingiu a residência de Haniyeh pode ter sido disparado de dentro das fronteiras do Irã. Israel já prometeu eliminar os líderes do Hamas.
O desenvolvimento ocorre num momento em que o conflito entre Israel e o grupo militante palestino baseado em Gaza se aproxima dos nove meses. O primeiro-ministro Benyamin Netanyahu prometeu repetidamente destruir o Hamas em resposta ao seu ataque mortal de 7 de Outubro, que custou a vida a cerca de 1.100 pessoas. Mais de 200 foram feitos reféns e mantidos em Gaza.
Israel respondeu ao ataque lançando uma grande campanha militar em Gaza que envolveu pesados bombardeamentos seguidos de uma operação terrestre. Quase 40 mil palestinos foram mortos no enclave desde o início dos combates, segundo as autoridades locais.
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