As agências meteorológicas alertam que a tempestade deve despejar de 15 a 30 centímetros de chuva na Flórida e de 50 a 75 centímetros na costa da Geórgia e da Carolina do Sul.
O furacão Debby atingiu a costa como uma tempestade de categoria 1 na região de Big Bend, na Flórida, nos Estados Unidos, e começou a se arrastar lentamente em direção à costa atlântica.
O furacão atingiu a costa na segunda-feira na região do Golfo do México por volta das 7h (11h GMT) perto de Steinhatchee, Flórida, cerca de 115 km (70 milhas) a sudeste de Tallahassee, provocando ventos de até 130 km/h (80 mph), o Centro Nacional de Furacões (NHC), disse.
“Vimos uma tempestade significativa. Vimos inundações. Vimos e continuaremos a ver inundações em várias partes do estado da Florida”, disse o governador Ron DeSantis aos jornalistas, alertando para a ameaça de “inundações significativas” nos próximos dias.
Debby já havia despejado até 30 cm de chuva em algumas partes do sudoeste do estado, disse o diretor executivo da Divisão de Gerenciamento de Emergências da Flórida, Kevin Guthrie.
O NHC alertou que Debby deverá despejar de 15 a 30 cm de chuva em partes da Flórida e até 51 a 76 cm de chuva na costa da Geórgia e da Carolina do Sul antes do fim da semana.
Evacuações obrigatórias foram ordenadas para parte do condado de Citrus, na Flórida, com outros oito condados sob ordens de evacuação voluntária, informou a mídia local.
Os governadores da Geórgia e da Carolina do Sul também declararam estado de emergência antes da chegada da tempestade.
“Este será um evento que provavelmente ocorrerá pelos próximos cinco a sete dias, talvez até 10 dias, dependendo da quantidade de chuva que tivermos”, disse Guthrie.
Enquanto isso, mais de 300 mil clientes perderam eletricidade até agora, de acordo com o rastreador poweroutage.us. “Temos muito pessoal de restauração pronto para recolocá-lo”, disse DeSantis
Debby foi uma tempestade tropical lenta ao passar sobre Cuba, mas ganhou força devido às águas excepcionalmente quentes ao se aproximar da costa da Flórida, no Golfo do México.
Debby carrega algumas das características do furacão Harvey, que atingiu Corpus Christi, Texas, em agosto de 2017. Rebaixado para uma tempestade tropical enquanto se movia para o interior, Harvey permaneceu no Texas, despejando cerca de 50 polegadas (127 cm) de chuva em Houston e causando US$ 125 bilhões em danos.
Os cientistas climáticos acreditam que o aquecimento global provocado pelo homem devido à queima de combustíveis fósseis aumentou a temperatura dos oceanos, tornando as tempestades maiores e mais devastadoras.
O último furacão a atingir diretamente a região de Big Bend foi o furacão Idalia, que ganhou brevemente força de categoria 4 antes de atingir a costa como uma tempestade de categoria 3 em agosto de 2023.
Os Centros Nacionais de Informação Ambiental estimaram que causou danos de 3,5 mil milhões de dólares. DeSantis descreveu os efeitos iniciais de Debby como “modestos” em comparação com Idalia.
Os meteorologistas esperam numerosos furacões no Atlântico na temporada de 2024, que começou em 1º de junho, incluindo quatro a sete grandes. Isso superaria a temporada recorde de 2005, que gerou os devastadores furacões Katrina e Rita.
