Tribunal russo prende cinco homens por causa de motins anti-Israel no aeroporto do Daguestão

Mais de 20 pessoas ficaram feridas durante os tumultos antes que as forças de segurança pudessem conter os distúrbios (Arquivo).

Moscou:

Um tribunal no sul da Rússia condenou na sexta-feira cinco homens a mais de seis anos de prisão cada, nas primeiras condenações relacionadas com um protesto em massa anti-Israel no passado mês de Outubro num aeroporto na região predominantemente muçulmana do Daguestão.

Os homens, que receberam sentenças que variam de pouco mais de seis a nove anos por envolvimento em tumultos, não admitiram culpa, disse o tribunal da região de Krasnodar. Um manifestante também foi considerado culpado de cometer violência contra um funcionário do governo.

O julgamento foi transferido do Daguestão para Krasnodar devido à delicadeza do caso.

Em Outubro passado, centenas de manifestantes anti-Israel acusaram uma aeroporto na cidade de Makhachkala, onde um avião de Tel Aviv tinha acabado de chegar numa onda de agitação no Norte do Cáucaso devido à guerra de Israel contra o grupo operativo palestiniano Hamas em Gaza.

Imagens de vídeo mostraram os manifestantes, em sua maioria jovens, agitando bandeiras palestinas, quebrando portas de vidro e correndo pelo aeroporto gritando “Allahu Akbar” (Deus é maior).

A multidão convergiu para o aeroporto depois de uma mensagem num canal local do Telegram instou o Daguestão a encontrar os “convidados indesejados” de “moda adulta” e a fazer com que o avião e os seus passageiros dessem meia-volta e voassem para outro lugar.

O canal, que posteriormente foi banido pelo Telegram, não utilizou a palavra “judeu”, mas referiu-se aos passageiros do avião como “impuros”.

Mais de 20 pessoas ficaram feridas antes que as forças de segurança pudessem conter os distúrbios. Nenhum passageiro do avião ficou ferido.

A polícia prendeu dezenas de pessoas, cujos casos estão agora a tramitar nos tribunais russos.

Presidente Vladimir Putin culpou o Ocidente e a Ucrânia pelos distúrbios, sem fornecer provas. Kiev negou qualquer papel e os Estados Unidos condenaram veementemente a violência.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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