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Este é um ano eleitoral no Brasil. O povo brasileiro vai às urnas em outubro para escolher prefeitos e vereadores para suas cidades.

Por aqui não será diferente em 2025 nas eleições autárquicas, eleições semelhantes. A disputa será pelos cargos de presidente da Câmara Municipal, representantes da Assembleia e pelos presidentes das juntas de freguesia.

Ambas são eleições autárquicas e, no meu entender, as disputas que mais impactam no quotidiano da população.

Tanto lá como aqui, os eleitos serão responsáveis ​​diretos pelas questões do cotidiano, como, em linhas gerais: as calçadas e a iluminação pública; o asfalto; a rede de saneamento; acesso à creche e à educação infantil; cuidados primários de saúde, licenças de construção, planos habitacionais e, em alguns casos, até para a segurança pública da cidade.

Nestas eleições de 2024, os imigrantes brasileiros não têm direito de voto para prefeitos e vereadores. Mas sim, eles podem votar aqui em 2025. Desde que estejam inscritos, poderão exercer o seu direito de voto e até concorrer a cargos públicos.

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Nas últimas eleições locais, em 2021, pouco mais de 5 mil brasileiros estavam inscritos para votar.

Uma realidade insignificante que pode e deve ser revertida em 2025, dados os números de mais de 400 mil imigrantes legais brasileiros. Não entrarei no mérito dos imigrantes em fase de legalização, com dupla nacionalidade, sejam eles portugueses ou de outro país. Não importa.

Este universo de imigrantes é uma grande força para o desenvolvimento de Portugal. Tanto para o crescimento da natalidade, como para suprir mão-de-obra deficiente, contribuir para a Segurança Social e impulsionar investimentos em diversos sectores.

Pois bem, agora é a hora dos imigrantes brasileiros ganharem representação e fazerem parte das decisões políticas que os afetam diariamente. Afinal, nada mais justo para a construção de uma (nova) democracia, em que os imigrantes, brasileiros ou não, sejam incluídos na arena política do país em que decidiram viver.

É este o caminho que deve ser trilhado, para que, num futuro próximo, os imigrantes possam mesmo ocupar assentos na Assembleia da República para defenderem os seus interesses, como o funcionamento digno e eficiente da AIMA, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo.

Portugueses e brasileiros carregam legados históricos da luta pela liberdade no 25 de Abril e nas Diretas Já.

Diante de um mundo tão polarizado, intolerante, xenófobo e da iminente insegurança das democracias, é justo homenagear os verdadeiros heróis da história e unir-nos no que há de mais precioso nos tempos de hoje, a garantia da nossa liberdade.

Imigrar era necessário; votar é (também) necessário.

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