Mais de 6,4 milhões de pessoas estão registadas para votar nas eleições dominadas pelo partido do presidente Ilham Aliyev.
As urnas foram abertas no Azerbaijão para eleições parlamentares antecipadas, as primeiras desde que o país recuperou o controle total do antigo território separatista de Nagorno-Karabakh, numa ofensiva relâmpago no ano passado contra as forças étnicas armênias.
A votação começou às 8h (04h GMT) de domingo e será encerrada às 19h (15h GMT). Mais de 6,4 milhões de pessoas estão registadas para votar neste país rico em petróleo da Ásia Central. A votação está sendo realizada em Nagorno-Karabakh pela primeira vez em 30 anos.
As eleições anteriores desde a independência da União Soviética não foram consideradas totalmente livres ou justas, e não se espera que a votação na Milli Mejlis, a Assembleia Nacional, traga mudanças significativas ao órgão dominado pelo Novo Partido do Azerbaijão do Presidente Ilham Aliyev.
Aliyev é frequentemente acusado de governar com mão pesada, reprimindo a dissidência no país de quase 10 milhões de pessoas nas margens do Mar Cáspio. O Azerbaijão registou um crescimento económico sob a sua liderança, impulsionado por exportações significativas de petróleo e gás natural. O líder de 62 anos sucedeu ao pai, Heydar Aliyev, que foi presidente entre 1993 e 2003.
O partido do governo detém 69 dos 125 assentos no parlamento cessante e a maior parte do restante pertence a pequenos partidos pró-governo ou independentes.
O Partido Musavat, uma importante formação da oposição, apresentou 34 candidatos para as eleições de domingo, mas apenas 25 deles foram registados. Outro partido de oposição, a Alternativa Republicana, apresentou 12 candidatos.
Segundo a Constituição, as eleições estavam previstas para Novembro, mas Aliyev emitiu um decreto antecipando as eleições, uma vez que Baku iria acolher as conversações climáticas das Nações Unidas, a COP29.
A eleição ocorre pouco menos de um ano depois que as forças do Azerbaijão recuperou a região de Nagorno-Karabakhque estava sob o controlo de forças étnicas arménias apoiadas pela Arménia desde 1994, numa operação militar e forçou a saída do seu autoproclamado governo. A maior parte dos 120 mil residentes arménios da região fugiu face à ofensiva.
A Comissão Eleitoral Central do país afirma que 50 organizações têm realizado missões de observação. O maior contingente de observadores, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, deverá apresentar a sua avaliação preliminar das eleições na segunda-feira.
