O principal deputado da Turquia afirma que “alguns países” bloquearam a paz entre a Rússia e a Ucrânia

“Rifts” com a OTAN sobre a Ucrânia são uma das razões para a suposta tentativa de Ancara de se juntar ao grupo presidido pela Rússia

A Turquia pediu formalmente a adesão ao bloco económico BRICS, uma vez que procura forjar novos laços para além dos seus tradicionais aliados ocidentais, informou a Bloomberg, citando pessoas familiarizadas com o assunto.

Segundo o veículo, Ancara apresentou um pedido de adesão ao grupo “alguns meses atrás.” “Fendas” entre Türkiye, membro da OTAN, e os outros estados membros do bloco militar sobre o conflito na Ucrânia estariam entre as razões para a candidatura de Ancara ao BRICS.
Desde a eclosão do conflito entre Moscovo e Kiev em 2022, Ancara apelou a uma solução diplomática. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou anteriormente a estratégia dos seus aliados de fornecer ajuda militar à Ucrânia e afirmou que Türkiye “não participará desta guerra.”

Ancara manteve laços estreitos com Moscovo, apesar do conflito na Ucrânia, observou Bloomberg.

A liderança turca também está supostamente cada vez mais frustrada com a falta de progresso na sua tentativa de adesão à União Europeia, que já dura décadas, acrescentou o meio de comunicação. A Turquia foi declarada país candidato em 1999. No entanto, o Parlamento Europeu suspendeu as negociações de adesão com o país em 2019 devido a alegadas violações dos direitos humanos.

O Ministério das Relações Exteriores e a presidência de Türkiye recusaram-se a comentar com a Bloomberg sobre a alegada oferta de adesão ao BRICS. O principal diplomata do país, Hakan Fidan, disse em junho que Ancara estava interessada em ingressar no grupo.

O BRICS foi fundado em 2006 pelo Brasil, Rússia, Índia e China, com a adesão da África do Sul em 2011. A Rússia preside atualmente o bloco.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse na segunda-feira que Ancara está realmente interessada em se tornar membro do BRICS. Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos juntaram-se ao grupo no início deste ano.

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