Teresa Perales: “Não descarto ir a Los Angeles 2028”

É quase tão difícil para mim chegar aqui quanto vencer. a medalha“ele diz entre risadas Teresa Perales quando aparece para sua consulta com MARCA. A transferência da Vila Paralímpica para os pés da Torre Eiffel foi uma odisseia. Seu marido Mariano e seu filho Nano, de 14 anos, mal conseguiram aproveitar as últimas 48 horas. Desde que ele ganhou o bronze nos 50 metros costassua 28ª medalha nos Jogos e com a qual igualou Phelpsnão parou de fazer entrevistas. Mesmo assim, ela nunca perde o sorriso.

descendo a rua Vários espanhóis a reconhecem e pedem fotos. Assim que ela ganha a medalha pela reportagem, todo mundo quer posar com Perales. “Parabéns” e “parabéns” são as duas palavras que mais se repetem. Teresa, com infinita paciência e sempre com seu melhor sorriso, atende a todos. Nunca há um não como resposta.

Na nossa caminhada pela Torre Eiffel também nos deparamos triatleta Andrea Miguélez e o namorado dela, bem como os jogadores de basquete de cadeira Sarah Revuelta, Elizabeth Lopez e Agutzane Egiluz. Perales diz a eles que Há 20 anos, no restaurante do segundo andar do monumento mais emblemático de Paris, seu marido a pediu em casamento.. “Que romântico!” todos dizem com um sorriso.

“É por isso que uma das coisas que mais me entusiasmou em ganhar esta medalha foi este hexágono (aponta para um dos lados da medalha) porque Tem um pedaço da Torre Eiffel. Quando começaram a colocar os elevadores, retiraram os parafusos, guardaram-nos e agora derreteram e com isso fizeram a parte central da medalha. Para mim o mais especial e o que torna tudo mais romântico é que aqui o Mariano me propôs que nos casássemos (8 de janeiro de 2024). “Foi um momento muito bom”, diz ela, olhando para ele.

Orgulho familiar

O marido e o filho olham para ela com orgulho enquanto ela fala. São eles que melhor sabem o que Teresa passou desde que a sua deficiência se agravou no último ciclo e ela teve que aprender não só a nadar com um braço, mas também a se comportar no dia a dia.

Teresa Perales com o marido Mariano e o filho Nano.

No dia da medalha minhas pernas tremiam. eu não conseguia ficar de péquase me deu alguma coisa. Ela estava com o coração batendo forte, Comecei a chorar e a gritar. Abracei meu pai e por um minuto ou dois choramos. Na verdade, antes de terminar a prova eu ​​já estava chorando”, admite. Nanoo que é o tempo todo cuidando de sua mãe. “Você é o guardião da medalha”, dizem a ele. “E dela”, acrescenta ele enquanto a abraça e lhe dá um beijo. Teresa sempre diz que ele é sua melhor medalha. Eles se adoram.

E como seu marido vivenciou a façanha de Perales na piscina? “Ela não conseguia parar de chorar. Fiquei aliviado ao ver que ela conseguiu o que queria.”ele confessa. “Ainda é difícil para mim assimilar. Ainda é difícil para o nadador habilidoso assimilar seu feito. “Ainda estou nas nuvens, mas tenho consciência de que tive muita sorte ganhar esta medalha porque embora eu tenha trabalhado muito nisso apenas dois centésimos me separaram do quarto. Ela tem o mesmo mérito que eu. Ela poderia ter sido o oposto”, ela reconhece humildemente.

É um medalha que recompensa sua tenacidade e honranão ter jogado a toalha apesar das adversidades. Desde Tóquio ela teve que aprender a nadar apenas com o braço direito. “Ela já havia chorado por alguma medalha, mas esta, apesar de Não é um recorde mundial, mas um bronze, tem esse gosto para mim. “Nunca chorei tanto ou fiz chorar tanto para ganhar uma medalha”, confessou.

Nunca chorei tanto ou fiz chorar tanto por ganhar uma medalha.

Teresa Perales, 28 medalhas paralímpicas

Naquela noite ele o deixou na mesa ao lado da cama. “Toda vez que eu acordava, e acordo muito, olhava para ela e dizia: ‘É verdade’”.ele confessa. E aproveite para agradecer Capa do dia seguinte da MARCA. “Não pensei que estaria na capa novamente. Agradeço do fundo do meu coração. Foi super legal, tão legal quanto ganhar essa medalha. É incrível. Olha, sonhei muito com isso, desejei com toda a alma todos esses anos. Levei 12 anos”, diz ela com um sorriso.

E qual é o seu próximo desafio? “No próximo ano o Mundial (Cingapura) e depois veremos. Não devemos descartar Los Angeles 2028. Lá iríamos superar Phelps“, garante.



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