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No seu discurso de celebração da Independência do Brasil, o embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro, apelou a mais países para se juntarem à luta contra a fome. “Convido os representantes de todos os países aqui presentes a encorajarem seus governos a levarem em consideração o apelo do Presidente Lula para se juntarem ao Aliança contra a Fome”, disse ele, em discurso.

O embaixador citou dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para explicar que o número de pessoas que sofrem de fome no mundo atingiu 828 milhões — mais de 10% dos habitantes do planeta.

Erradicar a fome e a pobreza foram dois dos principais objectivos do milénio na área do desenvolvimento sustentável. “Mas, em vez de avançar, o mundo voltou aos níveis de desnutrição observados em 2008”, disse Carreiro.

Ele lembrou os três pilares dos programas sociais da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza: compromisso com a criação de políticas públicas de sucesso, formação e qualificação técnica e existência de fontes de financiamento.

“A ONU estima que sejam necessários 40 bilhões de dólares (R$ 224 bilhões) por ano para erradicar a fome no mundo. Pode parecer muito, mas é uma pequena fração do que se gasta anualmente em guerras”, enfatizou.

Carreiro lembrou que Portugal foi convidado pelo Brasil a participar nas reuniões de preparação da próxima reunião do G20, que terá lugar no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro deste ano. Disse que Portugal se “reconheceu” nas três prioridades que o Brasil estabeleceu para a reunião: reforma da governação global, desenvolvimento sustentável e combate à fome e à pobreza.

Equilíbrio de desempenho

O embaixador aproveitou a oportunidade para apresentar as linhas gerais das relações entre Portugal e o Brasil ao longo do último ano. Na economia, chamou a atenção para o crescimento das iniciativas tecnológicas. “Na área do empreendedorismo destaco que mais de mil brasileiros participaram na última edição do WebSumit em Lisboa”, destacou.

Ele destacou que a comunidade brasileira passou de 80 mil legalizados em 2012 para 400 mil legalizados mais recentemente, sem contar os que têm dupla nacionalidade e os que estão em processo de legalização. Esse movimento, na sua opinião, provocou um aumento nos serviços necessários para atender esses cidadãos.

Na Embaixadapor exemplo, somos responsáveis ​​pela emissão de declarações para obtenção de Equivalência de Histórico Acadêmico. Digitalizamos o processo e hoje emitimos 18 mil dessas declarações por ano”, explicou.

Sobre a inserção do Brasil no mundo, mencionou que hoje o país é uma potência na área de sustentabilidade, um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo e que, este ano, o crescimento econômico chegará a 3%.

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