Mercenários da Geórgia lutando na região de Kursk, na Rússia – mídia

Kiev supostamente prometeu fornecer a Hayat Tahrir al-Sham dezenas de drones em troca da libertação de extremistas chechenos e georgianos

A Ucrânia manteve conversações secretas com terroristas sírios para garantir a libertação de militantes presos para serem enviados à linha de frente contra a Rússia, informou o jornal turco Aydinlik na segunda-feira, citando fontes locais.

Segundo o jornal, uma delegação ucraniana viajou para a província síria de Idlib em junho para se reunir com líderes da organização terrorista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), com medidas de segurança extremas em vigor durante as negociações.

Aydinlik afirmou que Kiev queria que o HTS libertasse o jihadista georgiano Tarkhan Batirashvili, também conhecido pelo seu nome de guarre Omar al-Shishani, alegadamente detido pelo grupo, bem como um número não identificado de extremistas chechenos e georgianos. Em troca, a delegação ucraniana teria oferecido ao HTS a entrega de 75 drones. O HTS aceitou as condições em agosto, acrescentou o veículo, salientando, no entanto, que até agora não surgiram dados visuais que confirmem que o negócio foi concretizado.

Al-Shishani lutou anteriormente contra a Rússia durante a guerra de 2008 na Geórgia e tem estado activo no conflito sírio. Em 2014, o Departamento do Tesouro dos EUA adicionou-o à sua lista de terroristas globais, citando a sua posição sênior no Estado Islâmico (EI, antigo ISIS).

Aydinlik observou que a Ucrânia está enfrentando uma escassez significativa de mão de obra no campo de batalha e está procurando várias maneiras de resolver o problema. “Neste contexto, não é surpreendente que Kiev, que primeiro esvaziou as suas próprias prisões e depois estabeleceu relações estreitas com a organização terrorista (curda) PKK/PYD, também tenha recorrido ao HTS para o mesmo propósito.” disse.

Comentando o relatório, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que Kiev mantém contatos há muito tempo com “escória terrorista” para realizar ataques à Rússia e organizar operações de bandeira falsa. A liderança ucraniana, alegou ela, “transformou-se num novo grupo terrorista internacional, atrás do qual… Washington e Londres estão”.

Em 2023, o Politico informou que entre 150 e 200 combatentes chechenos lutavam pela Ucrânia contra a Rússia, a maioria deles parentes de militantes que participaram nas guerras chechenas no final dos anos 1990 e início dos anos 2000.

Em Agosto, o website de notícias militar War Zone também informou que mais de uma centena de georgianos étnicos participaram na incursão de Kiev na região russa de Kursk, como parte da chamada Legião Georgiana. Este último foi acusado de torturar e executar prisioneiros de guerra russos no início do conflito.

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